quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

APOSTILA SOBRE INDÚSTRIA PARA 1º ANO



APOSTILA SOBRE INDÚSTRIA

Quase tudo o que o homem moderno consome ou utiliza, desde os alimentos e mesmo os utensílios em que são preparados e servidos, passa por algum processo de industrialização. O progresso da indústria, paralelo ao da ciência e da tecnologia, dá a medida da riqueza material de um país.
Denomina-se indústria o conjunto de atividades produtivas que o homem realiza, de modo organizado, com a ajuda de máquinas e ferramentas. Dentro dessa ampla definição se enquadram os mais diversos afazeres, em diferentes lugares e épocas. De modo geral, toda atividade coletiva que consiste em transformar matérias-primas em bens de consumo ou de produção, com auxílio de máquinas, é industrial.
Nascimento e evolução da indústria. Já em tempos pré-históricos, o homem elaborou seus utensílios e armas mediante a transformação dos materiais de que dispunha, como o sílex e, mais tarde, os metais. À medida que avançou a civilização, a especialização no trabalho aumentou e originou-se um grupo social, os artesãos, que se encarregavam de produzir os objetos de que a sociedade necessitava, como objetos de cerâmica, tecidos, armas etc.
No fim da Idade Média, os artesãos das florescentes cidades européias agruparam-se em corporações, nas quais se configuraram as categorias de aprendizes, oficiais e mestres e onde os conhecimentos técnicos se transmitiam de pai para filho. A produtividade dessas oficinas era baixa, pois a maior parte do trabalho se realizava manualmente e não existia a divisão técnica do trabalho, isto é, cada produto era realizado totalmente, de início a fim, por um só artesão. Somente em poucas atividades utilizava-se a força de animais de carga, de quedas d'água e do vento para mover máquinas rudimentares como os moinhos.
Nesse precário grau de evolução da indústria, teve especial relevância a invenção da máquina a vapor pelo britânico James Watt, depois de outras pesquisas como as de Thomas Newcomen, inventor da bomba d'água (movida a vapor), e as de Denis Papin, que estudou a força elástica do vapor d'água. A máquina a vapor permitiu aproveitar a força mecânica e foi o fundamento das indústrias naval e ferroviária.
Considerando-se indústria como fabricação de bens com emprego de máquinas, a primeira notável modernização da atividade ocorreu na Grã-Bretanha, com a revolução industrial, nas últimas décadas do século XVIII. Nessa época, avanços técnicos como a lançadeira rápida de tear, na indústria têxtil, reformularam as bases sobre as quais se assentava esse setor da economia.
Também no Reino Unido começou, no século XIX, um processo de industrialização baseado na melhora do aço com que se construía grande variedade de máquinas. Logo o processo estendeu-se pela Europa e pelos Estados Unidos, que começaram a produzir industrialmente artigos manufaturados. Um dos setores produtivos mais tradicionais, a indústria de armas, cresceu enormemente durante a primeira guerra mundial e provocou a renovação de toda a infra-estrutura da indústria metalúrgica, devido ao enorme volume de produção demandado pela guerra.
A década de 1920 foi de intensa industrialização na Europa, nos Estados Unidos e no Japão, onde a produtividade do trabalho aumentou muito em virtude da mecanização, que se estendeu a grande número de atividades, e à eletrificação das fábricas. Do ponto de vista da organização e dos métodos empregados, o trabalho foi sistematizado, principalmente nas grandes linhas de montagem, estabelecidas pela primeira vez na indústria automobilística, pelo americano Henry Ford.
A indústria conforma o setor econômico secundário, enquanto a agricultura constitui o setor primário e os serviços, o terciário. Nessa época, o setor secundário já se encontrava estruturado em forma semelhante à da atualidade. Assim, surgiram novas formas de financiamento e se ampliaram as sociedades anônimas e outras sociedades de capital. Também com freqüência se formavam grandes complexos industriais que permitiam regular e controlar a produção e as relações entre os diferentes ramos que dela participavam.
No período compreendido entre as duas guerras mundiais, os Estados Unidos, a Alemanha e o Japão já estavam na liderança da indústria mundial. A segunda guerra mundial, embora tenha sido um conflito devastador que prejudicou as atividades de vastas áreas industriais, ocasionou também um grande progresso da pesquisa e da tecnologia, o que permitiu a países como a Alemanha e o Japão apresentar grande desenvolvimento após a derrota.
O crescimento manteve-se persistente a partir da década de 1950, até o setor industrial transformar-se no motor da renda nacional nos países avançados. Chegou-se assim à chamada segunda revolução industrial, na qual a produção em série e a automatização desempenharam papel determinante. Nas últimas décadas do século XX, questões como a degradação ambiental, o esgotamento de recursos naturais e a persistência do desequilíbrio econômico entre países industrializados e subdesenvolvidos levaram o mundo todo a questionar a industrialização sem controle e a formular propostas de desenvolvimento sustentado, ou seja, utilização racional dos recursos disponíveis.
Da revolução industrial ao "crescimento zero".
No final do século XX, o ritmo do crescimento industrial passou a ser questionado pelos governos de alguns países e por organizações da sociedade civil empenhadas na preservação ambiental, na melhora da qualidade de vida e na distribuição mais equitativa das riquezas. Ganhou força a tese do "crescimento zero", que designa uma taxa de crescimento nula obtida pelo crescimento negativo dos setores poluidores e expansão dos setores não poluidores.
Essa nova tendência põe em dúvida o dogma segundo o qual a produção baseada no princípio do crescimento permanente conduz a uma sociedade melhor e mais igualitária. Isso porque, embora a indústria se tenha convertido no principal fator de riqueza dos países adiantados, seus benefícios atingem apenas uma pequena parte da população do planeta. De acordo com esse ponto de vista, o equilíbrio ecológico deveria tornar-se uma preocupação política e o crescimento ser partilhado de maneira mais justa por países ricos e pobres.

Organização industrial.
Tanto para uma economia de mercado quanto para economias centralizadas é válida a lei segundo a qual cada unidade produzida será mais econômica quanto maior for a produção. Essa lei explica a rentabilidade da fabricação em série de um número reduzido de modelos industriais com a maior quantidade possível de peças intercambiáveis.
A passagem da manufatura para a fabricação industrial de um produto transcorre por etapas, a primeira das quais consiste na divisão do trabalho e na especialização: cada operário realiza um mínimo de operações diferentes, de modo a especializar-se de preferência numa só, que realizará muito rapidamente, de modo sistemático, ao longo de toda a jornada de trabalho. Uma segunda etapa refere-se à mecanização do trabalho, em que as ferramentas são substituídas por máquinas dispostas ao longo de uma linha de montagem, pela qual os produtos passam em seqüência e vão sendo montados e recebendo acessórios, pintura, embalagem etc., até que estejam prontos para distribuição. Na terceira etapa procede-se à eletrificação da linha de montagem e das diferentes operações, o que reverte em maior rapidez e precisão na fabricação.
O passo seguinte, só viável para a grande indústria, é a automação do processo de fabricação, que reduz a demanda de mão-de-obra e consegue, além de rapidez e precisão, continuidade de produção. O elemento fundamental dessa etapa é o robô industrial, conjunto de mecanismos capaz de repetir com exatidão uma ou diversas operações industriais. Uma fase subseqüente é a otimização do processo, cujo objetivo é o aproveitamento máximo dos recursos materiais e humanos da fábrica. Para sua consecução, é necessário controlar o funcionamento de todas as máquinas de atividade simultânea, assim como reduzir ao mínimo as reservas armazenadas e a energia consumida. As indústrias que produzem em níveis próximos ao ótimo requerem quadros de pessoal muito reduzidos, e seu trabalho, por vezes, se limita à vigilância e à supervisão.
Outra tendência da indústria moderna é a terceirização, processo que consiste em delegar a outras empresas a realização de parte do processo industrial. No Brasil, a indústria metalúrgica terceirizou grande parte da fabricação de autopeças.
Ordenação e tipos de indústrias.
Os processos industriais podem obedecer às mais diversas normas, pois também são muito diversificadas as indústrias que os realizam.
A primeira distinção que cabe estabelecer entre os processos industriais é a referente a seu ritmo. De acordo com o ritmo, os processos podem ser contínuos, como a refinação do petróleo e a junção das diferentes partes numa linha de montagem, ou descontínuos, como a produção de medicamentos, a preparação de alimentos pré-cozidos etc. De outro ponto de vista, a fábrica pode organizar sua produção segundo as previsões de vendas de seu departamento comercial ou operar segundo uma carteira de encomendas e pedidos feitos antes de começar a fabricação.
Em linhas gerais, a transformação industrial parte de matérias-primas fornecidas pela agricultura ou pela mineração. As indústrias básicas fornecem os produtos intermediários e estes são adquiridos em grandes quantidades pelas indústrias manufatureiras, que os transformam em artigos de consumo. Por isso, a produção de energia é o primeiro passo para levar a cabo tal transformação. A energia empregada na maior parte da indústria é elétrica. As centrais de fornecimento podem ser térmicas (alimentadas por carvão ou derivados de petróleo), hidráulicas ou nucleares. Há ainda fontes alternativas, como a energia eólica, proporcionada pela força do vento, ou a energia solar.
As principais indústrias de base são a mineradora ou extrativa, a química e a metalúrgica ou pesada. Quase todas as demais atividades industriais constituem o que se chama de indústria leve. Do ponto de vista do destino do produto, cabe ainda outra classificação: quando se trata de máquinas, ferramentas ou meios de transporte industrial, diz-se que a indústria se dedica à fabricação de bens de capital, ou seja, bens não dirigidos ao consumo humano imediato, mas para produzir outros bens. As indústrias de bens de consumo são as mais numerosas e variadas. Compreendem a fabricação de alimentos, móveis, têxteis, impressos, aparelhos eletrodomésticos e produtos eletrônicos, entre outros.
Como a demanda final de bens não é previsível com exatidão, na maioria dos casos as indústrias não podem planejar sua produção ótima. Mais previsíveis são as variações cíclicas do mercado, que determinam o aumento ou redução da demanda de produtos natalinos e roupas da estação, por exemplo. Quanto à conservação, o armazenamento das mercadorias deve reduzir-se ao mínimo para evitar sua deterioração e extravio, especialmente quando se tratar de produtos de grande valor ou perecíveis. É mais econômico, no entanto, manter a maquinaria em funcionamento permanente para aproveitar melhor os recursos industriais. Por tudo isso, o ritmo de produção é uma das decisões mais importantes a se tomar no controle da fabricação de qualquer artigo processado industrialmente.
Política industrial.
Para levar adiante o processo de desenvolvimento industrial, cada país opta por uma política de industrialização. Fatores ligados aos grandes acontecimentos econômicos mundiais, aos  movimentos políticos internos, às condições peculiares da região e ao acerto da política econômica dos governos determinam os progressos ou retrocessos da indústria.
No caso brasileiro, a industrialização se iniciou tardiamente, o que levou o país a realizar grandes esforços para diminuir a distância que o separa dos países desenvolvidos. A dificuldade de conquistar o mercado externo e a desigual distribuição da renda, que restringe o mercado interno, constituem ainda aspectos negativos para a industrialização do país.

Revolução Industrial


INTRODUÇÃO


Revolução Industrial foi um processo histórico de transformação econômica e social da segunda metade do século XVIII, através do qual um novo modo de produção capitalista passa a dominar a sociedade. Essa Revolução influenciou no mundo inteiro, a economia transformou-se, formaram-se grandes empresas industriais e o trabalho assalariado passou a predominar em toda a parte, bom melhor dizendo o capitalismo industrial dominou.
E é isso que vamos tentar mostrar neste trabalho, desde o que foi a Revolução Industrial até suas influências no mundo inteiro.
Revolução Industrial
O aparecimento da revolução industrial se deve a três fatores: a revolução comercial, ao acúmulo de capitais que se deu na livre circulação das mercadorias e as descobertas de novos mercados que enviaram grandes quantidades de ouro e prata, especiarias, escravos e outros recursos que proporcionaram o embasamento necessário para a ocorrência da Revolução Industrial.
O pioneirismo da Inglaterra se deu em diversa soma de recursos como o acumulo de capitais na revolução comercial, a supremacia naval inglesa, a disponibilidade de mão de obra devido ao fechamento dos campos, instalação da monarquia parlamentar e o triunfo da ideologia liberal.
A primeira Revolução Industrial desenvolveu os transportes e as maneiras de produção, acelerou a migração do campo para a cidade e a criação de um enorme exército de reserva.
Entre as principais invenções surgidas na primeira revolução industrial merecem destaque: a máquina de fiar (1767), o bastidor hidráulico (1769), máquina de fiar híbrida combinação da máquina de fiar com o bastidor hidráulico (1779). Estas máquinas marcaram o início da Revolução Industrial com a substituição da energia física pela energia mecânica no processo de produção de mercadorias.
Foi desenvolvido também o setor de transportes com duas grandes invenções: o barco a vapor (1807) e a locomotiva (1825).
Na Inglaterra a grande miséria, o desemprego, os baixos salários e a alta carga horária deram origem a um movimento que se denominou Ludismo que consistia na destruição das máquinas pelos operários justificada na culpa das máquinas pelo desemprego e miséria.
A Revolução Industrial gerou grandes mudanças tanto econômicas quanto sociais como: Trustes e Cartéis a produção em série a expansão do imperialismo que seriam um dos fatores desencadeadores da Primeira Grande Guerra.

OS GRANDES AVANÇOS TECNOLÓGICOS

Na primeira metade do século os sistemas de transporte e de comunicação desencadearam as primeiras inovações com os primeiros barcos à vapor (Robert Fulton, 1807) e locomotiva (Stephenson, 1814), revestimentos de pedras nas estradas Mc. Adam, 1819), telégrafos (Morse, 1836). As primeiras iniciativas no campo da eletricidade como a descoberta da lei da corrente elétrica (Ohm, 1827) e do eletromagnetismo (Faraday, 1831). Dá para imaginar a quantidade de mudanças que estes setores promoveram ou mesmo promoveriam num futuro próximo. As distâncias entre as pessoas, entre os países, entre os mercados se encurtariam. Os contatos mais regulares e freqüentes permitiriam uma maior aproximação de mundos tão distintos como o europeu e o asiático.
No setor têxtil a concorrência entre ingleses e franceses permitiu o aperfeiçoamento de teares (Jacquard e Heilmann). O aço tornou-se uma das mais valorizadas matérias-primas. Em 1856 os fornos de Siemens-Martin, o processo Bessemer de transformação de ferro em aço. A indústria bélica sofreu significativo avanço (como os Krupp na Alemanha) acompanhando a própria tecnologia metalúrgica.
A explosão tecnológica conheceu um ritmo ainda mais frenético com a energia elétrica e os motores a combustão interna. A energia elétrica aplicada aos motores, a partir do desenvolvimento do dínamo, deu um novo impulso industrial. Movimentar máquinas, iluminar ruas e residências, impulsionar bondes. Os meios de transporte se sofisticam com navios mais velozes. Hidrelétricas aumentavam, o telefone dava novos contornos à comunicação (Bell, 1876), o rádio (Curie e Sklodowska, 1898), o telégrafo sem fio (Marconi, 1895), o primeiro cinematógrafo (irmãos Lumière, 1894) eram sinais evidentes da nova era industrial consolidada.
E, não podemos deixar de lado, a invenção do automóvel movido à gasolina (Daimler e Benz, 1885) que geraria tantas mudanças no modo de vida das grandes cidades. O motor à diesel (Diesel, 1897) e os dirigíveis aéreos revolucionavam os limites da imaginação criativa e a tecnologia avançava a passos largos. A indústria química também tornou-se um importante setor de ponta no campo fabril. A obtenção de matérias primas sintéticas a partir dos subprodutos do carvão - nitrogênio e fosfatos. Corantes, fertilizantes, plásticos, explosivos, etc.
Entrava-se no século XX com a visão de universo totalmente transformada pelas possibilidades que se apresentavam pelo avanço tecnológico.
AS CAUSAS DO PIONEIRISMO INGLÊS
Merecem destaque como causas gerais da Revolução Industrial do século XVIII, a chamada Revolução Comercial e a Acumulação Primitiva de Capital. Damos o nome de Revolução Comercial ao processo que se iniciou com as grandes navegações no século XV indo até o início da industrialização no século XVIII. Nesse período a Europa se constituiu no continente mais rico do planeta. Isso foi possível graças a vários acontecimentos como: a descoberta pelos portugueses de um novo caminho para os ricos entrepostos de comércio localizados nas Índias e o contato com novos continentes como a América. Isso possibilitou ao europeus se apossarem de produtos tropicais, metais preciosos, escravos que eram comercializados com altas taxas de lucratividade. Formou-se então um grande mercado mundial, espalhado por todo o planeta, que serviu para concentrar riquezas nas países europeus, processo que tem o nome de acumulação primitiva do capital que proporcionou recursos para o surgimento da revolução industrial.
Outro aspecto importante para que se entenda a Revolução Industrial é o triunfo da idéias iluministas (Enciclopedismo): o século XVIII é considerado o "século das luzes". Nesse período as idéias políticas, econômicas e sociais da chamada Idade Moderna (séculos XVI até XVIII) passaram a ser questionadas possibilitando uma verdadeira revolução intelectual que se espalhou pelo mundo repercutindo até os dias atuais. A base dessa nova maneira de encarar o mundo, segundo os próprios iluministas, estava na razão. Abandonava-se dessa maneira qualquer possibilidade de deus interferir nos destinos humanos. Na política, os iluministas fizeram a crítica ao absolutismo propunham um modelo de sociedade em que o Estado respeitasse os interesses dos cidadãos. Na economia, o inglês Adam Smith, propõe o liberalismo, fórmula segundo a qual, o Estado não deve intervir na economia. No livro A Riqueza das Nações, ele diz que a economia funciona por si mesma segundo a Lei da Oferta e da Procura. Criticava o monopólio comercial e o sistema colonial característicos do mercantilismo. Em termos sociais, os iluministas são contrários à sociedade estamental. Segundo eles, todos os homens nascem iguais, livres, estes homens podem através de seu trabalho prosperarem economicamente. A liberdade, a propriedade privada e a resistência contra governos tirânicos são outros princípios defendidos pelos iluministas.

CONDIÇÃO DE TRABALHO E VIDA DA CLASSE TRABALHADORA LOGO APÓS A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
*Longas jornadas de trabalho;
*Direito conferido ao empresário pela Lei "Senhor e Empregado" de encarceramento do operário que   abandonasse o trabalho;
*Pagamento de salários tão ínfimos que obrigavam os operários a trabalharem sem parar para ter   dinheiro para sobreviver;
*Nenhuma garantia providenciaria, para acidentes que do operário que o impedisse de trabalhar;
*Trabalho infantil e feminino, porque eram pagos menores salários a esses trabalhadores

 

AS FASES DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL


·         1.ª Fase - +/–1750 até +/–1860:
Durante a segunda metade do século XVIII, na Inglaterra uma série de transformações no processo de produção de mercadorias, deram origem ao que se convencionou chamar por 1a Revolução Industrial. Antes desse processo eram as oficinas artesanais que produziam grande parte das mercadorias consumidas na Europa. Nestas oficinas, também chamadas de manufaturas, o artesão controlava todo o processo de produção. Era ele quem estabelecia, por exemplo, sua jornada de trabalho. Também não existia uma profunda divisão do trabalho (cada um fazendo uma parte do produto). Freqüentemente nas oficinas um grupo de dois ou três artesãos se dedicava à produção de uma mercadoria de seu princípio ao seu fim, ou seja fazia a mercadoria como na sua totalidade, sem divisão do trabalho.
Com a Revolução Industrial isso se alterou, os artesão perderam sua autonomia. Com a chegada de novas tecnologia e novas máquinas apareceram as fábricas nas quais todas as modernas máquinas tornaram-se propriedade de um capitalista (burguês). A produção fabril concorrendo com a artesanal levou esta à ruína. Os antigos artesão, então tiveram que se tornar trabalhadores assalariados, estando a partir daí sob o controle do capitalista. Essa fase da Revolução Industrial foi assinalada pelos seguintes fenômenos: - Invenção do tear mecânico e do descaroçador de algodão e consequente desenvolvimento da indústria têxtil;
-     Invenção da máquina a vapor, que substitui as fontes tradicionais de energia mecânica, como a roda de água, a roda de vento e a tração animal; - Uso do coque para a fundição do ferro; a produção de lâminas de ferro e a produção do aço em larga escala; - Melhoria no processo de exploração do carvão mineral, com a utilização de máquinas a vapor para retirar a água acumulada nas minas de carvão; - Revolução nos transportes e nas comunicações, com a invenção da locomotiva, do navio a vapor e do telégrafo; - Progressos na agricultura, com a produção de adubos, melhores grades e arados, invenção da debulhadora e da ceifeira mecânica.
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·                         2.ª Fase - +/–1860 até +/–1945:
Essa fase da Revolução Industrial foi assinalada pelos seguintes fenômenos:
   -  aperfeiçoamento na produção do aço, que superou o uso do ferro;
   -  aperfeiçoamento do dínamo;
   - utilização de novas fontes de energia, como o petróleo e a energia elétrica;
   - invenção do motor de combustão interna;
   - emprego dos metais leves, como o alumínio e o magnésio;
     - nova evolução nos transportes, com introdução das locomotivas e dos navios a óleo, invenção do automóvel, do avião, do telégrafo sem fio, do rádio e da televisão;
-introdução de máquinas automáticas, permitindo a produção em série e provocando um grande aumento na produção.

MUDANÇAS SOCIAIS

A análise de tantos feitos tecnológicos não poderia ficar carente das mudanças sociais ocorridas neste mesmo período. As empresas industriais perderam totalmente suas feições caseiras adquirindo uma nova forma. Grandes conglomerados econômicos, a crescente participação do setor financeiro na produção industrial - trustes, cartéis, holdings.
Ao lado de uma intensificação da exploração do trabalho operário, da urbanização desenfreada e sem planejamentos, das epidemias provocadas pelo acúmulo de populações nos grandes centros sem infra-estrutura, cresciam as fábricas cada vez mais poderosas e determinantes de um processo irreversível.
As nações, por sua vez, buscavam garantir melhores mercados fornecedores de matérias-primas, impulsionando o colonialismo afro-asiático que deixa marcas profundas até os dias de hoje. Ou seja, não é um mero processo de avanço. O avanço tecnológico sempre foi acompanhado, desde o paleolítico de intensas mudanças sociais. Nem sempre positivas.
AS GRANDES TRANSFORMAÇÕES DA  REVOLUÇÃO INDUSTRIAL NO MUNDO

A economia transformou-se, pois a atividade industrial passou a ocupar o centro da vida econômica; formaram-se grandes empresas industriais e o trabalho assalariado passou a predominar em toda a parte; em outras palavras impõe-se o capitalismo industrial.
A sociedade foi profundamente afetada pelo êxodo rural e pelo crescimento da vida urbana; começaram a formar as cidades industriais; ocorreu também um aumento da população mundial; a burguesia industrial se fortaleceu e começou a ganhar cada vez mais destaque a classe operária. Na política, houve a queda do estado absolutista, disputa entre os países europeus pelo domínio das colônias na África e na Ásia com o objetivo de obter matérias-primas para a indústria e consumidores para os produtos manufaturados; começaram a aparecer idéias políticas, sociais e econômicas tentando explicar a nova situação e solucionar os novos problemas.

A REVOLUÇÃO NO MUNDO

Durante o período do Renascimento (sécs. XV e XVI) a Europa vivênciou vários desenvolvimentos no campo científico. Copérnico, propôs a teoria heliocêntrica. Kepler mostrou que os astros se movimentam em elipse no espaço. Leonardo da Vinci estabeleceu vários projetos que só se tornaram possível mais tarde com o desenvolvimento tecnológico. Newton trouxe a teoria da gravitação universal e Galileu, com suas observações do espaço celeste ratificou a tese heliocêntrica de Copérnico. O desenvolvimento verificado nesse período foi fundamental para sepultar antigas crenças místicas apregoadas pela Igreja Católica que impediam o livre impulso para o desenvolvimento tecnológico. O ambiente verificado na Europa, nesse momento, prepara o campo para a chegada de inúmeras novas tecnologias que freqüentemente são chamadas de Revolução Industrial no século XVIII.
É necessário dizer que todo o desenvolvimento técnico sempre esteve relacionado com outros aspectos da história humana. No mesmo momento em que acontecia a Revolução Industrial, as transformações políticas e econômicas na Europa se davam igualmente de maneira muito rápida. Novas ideologias revolucionárias presentes na Declaração de Independência dos EUA (1776) e na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789) tiveram enorme influência na mentalidade dos homens da época. Era o liberalismo político e econômico apresentando-se tal como definiu o conjunto das idéias iluministas.
Durante o século XIX outros acontecimentos na Europa e nos EUA vão significar um rápido progresso e crescimento industrial. A vitória do Norte (industrializado) sobre o Sul (agrícola) na Guerra de Secessão (1861-1865), nos EUA; a unificação italiana (1870), a unificação alemã (1870) e Era Meiji no Japão, contribuíram para generalizar a Revolução Industrial, que anteriormente se restringia basicamente à Inglaterra e França.

QUE MUDOU COM A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL?


·         A passagem da sociedade rural para a sociedade industrial;
·         A mecanização da indústria e da agricultura;
·         Desenvolvimento do sistema fabril, com o uso da energia a vapor;
·         Desenvolvimento dos transportes e das comunicações;
·         A expansão do capitalismo, que passou a controlar quase todos os ramos da atividade econômica.

BIBLIOGRAFIA


·         Enciclopédia Barsa
·         Almanaque Abril digital.                                                            

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