sexta-feira, 23 de dezembro de 2011 0 comentários

Feliz Natal e Prospero Ano Novo

"Festejar, comemorar, comer e beber bastante nas festas de final de ano não é o que engorda, o que realmente engorda não é o que comemos entre o Natal e o Ano Novo, e sim, aquilo que comemos entre o Ano Novo e o Natal." (Autor desconhecido)

"Nós abriremos o livro. Suas páginas estão em branco. Nós vamos pôr palavras nele. O livro chama-se Oportunidade e seu primeiro capítulo é o Dia de ano novo." (Edith Lovejoy Pierce)

"A cada dia de nossa vida, aprendemos com nossos erros ou nossas vitórias, o importante é saber que todos os dias vivemos algo novo. Que o novo ano que se inicia, possamos viver intensamente cada momento com muita paz e esperança, pois a vida é uma dádiva e cada instante é uma benção de Deus."
segunda-feira, 21 de novembro de 2011 2 comentários

EXERCÍCIO AVALIATIVO DE GEOGRAFIA DA IV UNIDADE DE 2011 SOBRE INDUSTRIA PARA O 3° ANO


1) Explique os dois elementos que condicionaram a indústria moderna a partir do séc. XVIII?




2) "A melhor localização (de uma fábrica) é aquela que possibilita a maior rentabilidade possível". Relacione o conteúdo desta frase com o que ocorreu na etapa inicial da indústria moderna.


3) Por que a indústria de bens de produção são também denominados de indústrias de base e de indústrias pesadas?



4) Faça a distinção ente os dois tipos de indústrias de bens de consumo.



5) Caracterize as indústrias de alta tecnologia.




6) Na(s) questão(ões) a seguir escreva nos parênteses a letra (V) se a afirmativa for verdadeira ou (F) se for falsa.
Analise as proposições em relação ao processo de industrialização.
( ) A indústria moderna se caracteriza por uma grande divisão do trabalho e o seu ritmo depende basicamente das máquinas.
( ) As manufaturas tiveram o seu período áureo na Época Moderna (século XVI a XVIII).
( ) No sistema de manufaturas a energia básica é a eletricidade.
( ) A indústria moderna surgiu de fato com o Capitalismo.
( ) O artesanato surgiu com a Revolução Industrial, em fins do século XVIII.

7) Leia, com atenção, o texto do geógrafo J. W. Vesentini.

"A descoberta da eletricidade e dos motores elétricos traz grandes inovações técnicas. O carvão vai sendo substituído pelo petróleo. No lugar da indústria têxtil, os setores mais importantes passam a ser a siderurgia, as indústrias metalúrgicas, a petroquímica e a indústria automobilística."
O texto trata da:
a) primeira Revolução Industrial que ocorreu de meados do século XVIII até por volta de 1870
b) segunda Revolução Industrial surgida desde o final do século passado até os anos 70 do século XX
c) terceira Revolução Industrial, típica das inovações tecnológicas da época atual
d) aplicação de inovações técnicas na produção, sem caracterizar uma periodização das Revoluções Industriais

8) A indústria de automóveis japonesa Toyota revelou que pretende plantar ao redor de suas fábricas, na Grã-Bretanha, árvores manipuladas geneticamente para absorver os gases poluentes emitidos pelos motores que queimam combustíveis fósseis. (JORNAL DO BRASIL, 18/08/98)

A notícia anterior revela uma preocupação, em certas partes do mundo, de combater o problema ambiental de:
a) desmatamento. b) desertificação. c) efeito estufa. d) assoreamento. e) erosão eólica.

9) O modelo industrial está passando por transformações. É a revolução técno-científica, que tem por características o(a):
a) petróleo como principal fonte de energia.
b) ampliação dos postos de trabalho no setor secundário.
c) biotecnologia como setor de ponta.
d) limitação das atividades das transnacionais.
e) transferência dos pólos tecnológicos para os países subdesenvolvidos.

10) A industrialização nos países do chamado Primeiro Mundo, os países capitalistas economicamente desenvolvidos, entrou, nas últimas décadas do século XX, em uma fase conhecida como Terceira Revolução Industrial. No que se refere à utilização de fontes de energia para a produção econômica nessa nova fase de industrialização, é CORRETO afirmar que:
a) o carvão mineral é a principal fonte de energia da atualidade, em função da importância das máquinas a vapor.
b) a única fonte de energia da atualidade é a nuclear, por causa da importância da indústria automobilística.
c) a utilização de qualquer fonte de energia tende a ser abandonada, a despeito da atual importância do petróleo, a fim de se evitar danos ambientais.
d) a utilização de fontes de energia renováveis e menos poluidoras tende a prevalecer, apesar de ser ainda muito grande a importância do petróleo para o desenvolvimento industrial.
e) a utilização do carvão vegetal tende a tornar-se predominante, pois é hoje cada vez maior a consciência da necessidade de proteger o meio ambiente.

11) A indústria moderna surgiu nos séculos XVIII e XIX, com o advento da máquina e da energia mecânica. Considerando a indústria desse período, marque V (verdadeira) e F (falsa) em cada afirmativa a seguir.
( ) Caracterizava-se pelo sistema de fábrica, que reunia, num único local, os trabalhadores, as máquinas e as matérias-primas.
( ) Os custos para transferência de local eram extremamente elevados em função do pequeno desenvolvimento da tecnologia dos transportes, limitando as opções de localização industrial.
( ) São exemplos das economias de aglomeração geradas pela indústria moderna a região do Reno-Ruhr, na Alemanha, e a Bacia de Londres.
A seqüência correta é
a) V - V - F.     b) F - V - V.     c) F - F - F.     d) V - V - V.      e) F - F - V.

12) Com relação aos fatores locacionais da indústria, pode-se afirmar:
a) Independentemente do tipo de indústria, os fatores locacionais, em ordem crescente de importância, são a mão-de-obra, as fontes de energia e as matérias-primas.
b) A qualificação da força de trabalho foi mais importante nos setores típicos da Primeira Revolução Industrial, o que caracterizou as zonas industriais até meados do século XIX.
c) Na Segunda Revolução Industrial, as jazidas de carvão mineral condicionavam a localização das fábricas, surgindo grandes regiões industriais em torno das bacias carboníferas de Londres e do Reno/Ruhr.
d) O mercado consumidor é um dos fatores determinantes da localização da indústria, o que explica a ligação histórica entre o fenômeno industrial e as concentrações urbanas.
e) Em virtude dos avanços tecnológicos, a indústria contemporânea já pode prescindir das redes de transportes e comunicações, o que explica o atual processo de desconcentração espacial.

13) A fase atual da industrialização, marcada pelo que se denomina de "Revolução Científico-Técnica", tem como características principais:
a) Mão-de-obra altamente qualificada e intenso uso do petróleo.
b) Mão-de-obra altamente qualificada e tecnologia complexa.
c) Tecnologia complexa e disponibilidade local de matéria-prima.
d) Mão-de-obra altamente qualificada e disponibilidade local de matéria-prima.
e) Mercado consumidor significativo e intenso uso do petróleo.

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EXERCÍCIO AVALIATIVO DE GEOGRAFIA DA IV UNIDADE DE 2011 SOBRE AGRICULTURA PARA O 3° ANO


  • Para fazer uma bom exercício:
  • Evite rasuras; as questões rasuradas serão anuladas.

1) Estabeleça comparações entre a agricultura itinerante e a agricultura de jardinagem do ponto de vista das técnicas agrícolas e da mão-de-obra.

R.


2) Leia o texto:
"O sistema de produção agrícola americano é um dos mais produtivos do planeta, com alto rendimento e exploração intensiva das áreas agricultáveis. É um sistema que conta com grande aporte de capital além de ser tecnologicamente bastante apoiado, o que torna possível aos Estados Unidos tal desempenho no setor."

Agora responda

a) Como é denominado esse sistema?
b) Defina-o e de exemplos.

R.


3) Como se explica a baixa produção de alimentos da África, apesar de mais da metade da população africana estar localizada na zona rural?

R.


4) Algumas das restrições impostas pela natureza ao desenvolvimento de atividades econômicas em várias extensões do globo terrestre, vêm sendo superadas, com mais intensidade, no século atual.
Que aspectos da natureza podem ser modificados e que técnicas podem ser usadas para que se torne viável a pratica da agricultura?

R.


5) Explique a atual situação da estrutura agrária e agrícola dos Estados Unidos.

R.
6) Como estão organizados os belts norte-americanos para que possam atingir alta qualidade e produtividade?

R.


7) Por que a mecanização da agricultura contribuiu para o inchaço e para os problemas urbanos das grandes cidades?

R.


8) Quais as principais características da atividade agrícola da região das pradarias canadenses?

R.


9) Identifique o país e o rio assinalados no mapa. Explique a originalidade agrícola desse país face ao clima da região.

R.



10) Na(s) questão(ões) a seguir julgue os itens e escreva nos parênteses (V) se for verdadeiro ou (F) se for falso.

As "plantations" fazem parte do espaço agrário dos países subdesenvolvidos. Sobre esta forma de ocupação, julgue os itens a seguir.
( ) Nas plantations são cultivadas monoculturas destinadas à exportação, o que gera excedentes e, conseqüentemente, baixos preços desses itens no mercado mundial.
( ) As plantations normalmente ocupam pequenas extensões de terra com baixos investimentos, utilizando sempre capital nacional.
( ) Nos países subdesenvolvidos o colonialismo provocou grandes desequilíbrios. Formaram-se dois setores agrários distintos: um de subsistência com baixa produtividade e outro moderno, especulativo, voltado para exportação e realizado de forma extensiva (as plantations).
( ) As plantations têm suas origens no capitalismo comercial: a partir do final do século XVI, criam-se as primeiras propriedades escravistas voltadas para a produção de itens tropicais.

11) Apresente a localização e as características das regiões chamadas de nos E.U.A.:
a) Sun belt
b) Manufacturing belt

R.
12) Explique a diferença entre estrutura agrária e estrutura agrícola.


R.


13) Após a revolução de 1917, a agricultura soviética passou a ser organizada através de cooperativas: os Kolkhozes e os Sovkhozes. Dê as características dos Sovkhozes.


R.


"Habilidade é o que você é capaz de fazer. Motivação determina o que você faz. Atitude determina o quanto você faz isso bem feito" - Lou Holtz

"O homem aprende apenas de duas formas: a primeira é por meio da leitura e a segunda associando-se com pessoas inteligentes "
- Will Rogers

FELIZ NATAL E PROSPERO ANO NOVO
quarta-feira, 9 de novembro de 2011 0 comentários

INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA III


É somente a partir do século XIX que se pode falar em industrialização no Brasil. Até então, essa atividade era muito restrita.


A industrialização no Brasil
A análise do processo de desenvolvimento econômico do Brasil nos mostra que, por cerca de quase quatro séculos, a economia esteve sob o jugo do poder agrário, com produção voltada para a exportação. Por todo o período colonial, a base econômica esteve assentada na exploração agrícola ou na exploração mineral com uso de mão-de-obra escrava. Esse modelo atendia aos interesses da metrópole portuguesa, para onde era remetida a maior parte dos lucros obtidos.
As relações entre Portugal e sua colônia na América davam-se por meio do Pacto Colonial, e por isso o desenvolvimento de qualquer outra atividade que pudesse prejudicar os interesses econômicos da metrópole era proibido. As restrições à implantação de indústrias no Brasil só foram revogadas com a chegada da Família Real Portuguesa em 1808, mas a concorrência dos produtos ingleses impedia o desenvolvimento do setor industrial. No período seguinte, quando o Brasil já constituía um Império, e durante os primeiros anos da República, a economia agrária permaneceu centralizando o poder, mudando apenas o produto: na maior parte do tempo o café, durante um curto período o cacau, e a borracha durante alguns anos.
É somente a partir do século XIX que se pode falar em industrialização no Brasil. Até então, a atividade industrial no país se resumiu à instalação de algumas pequenas fábricas, a maioria dedicando-se à produção de tecidos grosseiros, calçados, utensílios domésticos, equipamentos agrícolas simples, entre outros. Os resultados dessas poucas fábricas foram incipientes, especialmente se comparados aos da agricultura.
O primeiro surto industrial no Brasil ocorreu a partir de 1844, com a Tarifa Alves Branco, que elevou os impostos sobre os produtos importados, encarecendo-os. A ocorrência de conflitos internacionais - como a Guerra de Secessão nos Estados Unidos, entre 1861 e 1865, e a Primeira Guerra Mundial, na Europa, já no século XX, entre 1914 e 1918 – contribuiu para o desenvolvimento da indústria nacional, pois afetou a produção de bens que o país importava, favorecendo a fabricação de produtos nacionais.
A década de 1930 foi considerada um marco no processo de industrialização brasileiro, pois as transformações que se verificaram naquele momento representaram um forte estímulo ao desenvolvimento industrial. Em decorrência da chamada Revolução de 1930, o eixo do poder político e econômico deixava de ser a elite agroexportadora, criando condições para o desenvolvimento industrial brasileiro.
Associadas a essa mudança política, as dificuldades econômicas deflagradas pela queda da exportação de café decorrente da crise econômica mundial (queda da Bolsa de Valores de Nova York, em 1929) contribuíram para que se acentuasse o êxodo rural. Em conseqüência, houve uma grande concentração de mão-de-obra e formação de um mercado consumidor potencial nos grandes centros urbanos.
Com o rápido crescimento da população urbana, especialmente nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, e a presença de uma infraestrutura herdada do ciclo do café (capitais acumulados, transportes, energia elétrica etc.), houve uma acelerada expansão industrial, quase sempre dedicada à produção de bens de consumo não duráveis, como alimentos, vestuário e calçados.

JK, em inauguração de montadora
A era Vargas e a era Kubitschek

Dois governantes tiveram grande importância no processo de consolidação da industrialização brasileira: Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek.
A partir de 1940, o Estado assume um papel de grande importância para o desenvolvimento industrial do país, investindo grandes somas na implantação das indústrias de bens de produção, bem como no desenvolvimento dos setores de energia e transportes, a fim de criar condições para o rápido desenvolvimento industrial do país. Essa etapa da industrialização brasileira apoiou-se na substituição de importações, ou seja, produzir, no Brasil, os produtos até então importados.
As dificuldades causadas pela 2ª Guerra Mundial (1939-1945) ao comércio mundial favorecem essa estratégia de substituição de importações. Getúlio Vargas foi responsável pela infraestrutura necessária para a instalação de indústrias no país no período de seu primeiro governo (1930-45). Entre suas realizações estão a mineradora Companhia Vale do Rio Doce em Minas Gerais, em 1942. Em 1943, é fundada no Rio de Janeiro a Fábrica Nacional de Motores. Em 1945, a Companhia Hidrelétrica de São Francisco. Em 1946, começa a operar o primeiro alto-forno da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), em Volta Redonda, no estado do Rio de Janeiro que teve seu início em 1941.
Em seu segundo mandato (1950-54), foi criado o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDE), em 1952 e, no ano seguinte, foi instituída a Petrobras (Petróleo Brasileiro S/A). Vargas teve um governo preocupado em proteger a produção nacional, visto que implementou-se uma política nacionalista.
O nacionalismo da era Vargas é substituído pelo desenvolvimentismo dos anos JK (governo Juscelino Kubitschek , de 1956 a 1961), representado pelo Plano de Metas, a ser cumprida em cinco anos, que privilegiou as obras para a geração de energia, os incentivos fiscais, os transportes e principalmente a construção de rodovias, que facilitou a instalação de montadoras estrangeiras de veículos em nosso país. Nessa época, além das montadoras, vieram indústrias de aparelhos eletroeletrônicos e de alimentos.
Os investimentos externos estimulam a diversificação da economia nacional, aumentando a produção nacional de insumos, máquinas e equipamentos pesados para mecanização agrícola, fabricação de fertilizantes, frigoríficos, transporte ferroviário e construção naval.
No conjunto, a produção industrial cresceu 80% nos cinco anos do governo Juscelino. Como se vê, foi intenso o crescimento econômico verificado nesse período. No início dos anos 60, o setor industrial supera a média dos demais setores da economia brasileira.

Mapa da industrialização brasileira e sua concentração no Centro-Sul do país

“Milagre econômico”

Em 1964, com a instalação do governo militar, desenvolve-se uma política de fortes incentivos fiscais e crédito público, especialmente para as indústrias de bens de capital (máquinas, motores e equipamentos), e adotam-se medidas antidemocráticas de esvaziamento das organizações político-partidárias e sindicais. Em conseqüência, o capital estrangeiro se dirige com rapidez para o país e acelera-se a industrialização em nosso território.
O desenvolvimento acelera-se e diversifica-se no período do chamado “milagre econômico” (1967-1973), quando atingimos a 8ª posição mundial em relação ao PIB e o 1º lugar entre as nações subdesenvolvidas industrializadas ou periféricas. O Brasil recebeu vultosos empréstimos internacionais e sua produção industrial foi muito grande. Em 1973, a economia apresentou resultados excepcionais: o Produto Interno Bruto (PIB) cresce 14%, e o setor industrial, 15,8%.
No entanto, como consequência dos empréstimos, a dívida aumentou muito nesse período, agravando as desigualdades sociais, pois a riqueza, que deveria ser aplicada em melhores condições de saúde e educação, foi desviada para o pagamento de compromissos assumidos com organismos internacionais, como o FMI e o Banco Mundial.
Com a crise do petróleo e a alta internacional nos juros desaceleram a expansão industrial. Inicia-se uma crise que leva o país, na década de 80, ao desequilíbrio do balanço de pagamentos e ao descontrole da inflação. O Brasil mergulha numa longa recessão que praticamente bloqueia a industrialização. No início dos anos 90, a produção industrial é praticamente a mesma de dez anos passados, foi a chamada “década perdida”.

O tripé industrial brasileiro

O período pós-1964 foi caracterizado por uma relação de interesses mútuos entre os três níveis de capitais aplicados no processo industrial, formando aquilo que se tornou conhecido como o tripé da indústria no Brasil, agrupando em um mesmo cenário capital estatal, o capital transnacional e o grande capital nacional.
Ao capital estatal competia o investimento no setor de base - siderúrgicas, petroquímicas, refinarias, hidrelétricas etc. - a fim de oferecer às indústrias de bens de consumo as matérias-primas e os insumos necessários ao seu funcionamento. Nesse período, verificou-se no país um rápido aumento rápido na quantidade das empresas estatais, sobretudo daquelas voltadas para os setores citados;
Ao capital transnacional competia a produção considerada moderna e mais avançada tecnologicamente, dedicada ao setor de bens de consumo durável, a exemplo dos automóveis, dos eletrodomésticos e, especialmente, dos eletroeletrônicos. Tal característica produtiva favoreceu o aumento do endividamento externo do Brasil, entre outras razões, pelas remessas de elevadas quantias (na forma de pagamento de royalties) pelo uso de tecnologia importada;
Ao capital nacional competia participar do processo fornecendo peças acessórias e insumos em geral, tanto para as empresas estatais como para as transnacionais, mas fundamentalmente naqueles segmentos em que não havia interesse das empresas estrangeiras.

Fatores e localização industrial brasileira

Com o objetivo de reduzir os custos e aumentar a produtividade, as indústrias decidem sua instalação segundo alguns fatores: concentração de mão-de-obra, proximidade das fontes de matérias-primas, do mercado consumidor e das fontes de energia, sistema de transportes acessível e eficiente.
No Brasil, a distribuição regional das indústrias é reflexo das desigualdades sociais e econômicas que marcam a realidade nacional. Observamos assim, uma forte concentração industrial na Região Sudeste, onde se localiza o principal centro industrial do país, o estado de São Paulo. A Região Sudeste tornou-se a mais industrializada por uma série de fatores:
Atividade agro-exportadora de café, que favoreceu a acumulação de capitais;
Expansão de um grande mercado consumidor interno, especialmente na própria cidade de São Paulo;
Desenvolvimento de uma importante rede de transportes, sobretudo ferroviária;
Concentração da mão-de-obra para o trabalho industrial, especialmente a de imigrantes europeus;
Presença de recursos naturais aproveitáveis economicamente, como as jazidas de minérios de Minas Gerais;
Potencial hidroelétrico da Bacia do Paraná;
Proximidade dos dois principais portos do país (Santos e Rio de Janeiro).

Crescimento dos investimentos no Nordeste
A maior concentração industrial do Sudeste está na Região Metropolitana de São Paulo, uma área poliindustrial com mais de 40% dos estabelecimentos industriais do país, dos quais os mais significativos são a indústria alimentar, têxtil, química, automobilística e metalúrgica. Outra área de grande concentração industrial é a Região Metropolitana do Rio de Janeiro, onde se destaca a indústria naval. A Região Metropolitana de Belo Horizonte, outra importante área industrial, teve seu desenvolvimento favorecido pelas reservas minerais do Quadrilátero Ferrífero, apresentando como principais setores industriais o siderúrgico e o automobilístico.
Outras áreas industriais importantes da Região Sudeste são: a Baixada Santista (SP), onde se destacam os setores petroquímico e siderúrgico; o Vale do Paraíba, onde se localizam centros industriais como Volta Redonda (RJ), vinculado à siderurgia; e São José dos Campos (SP), com a indústria aeronáutica, bélica e aeroespacial.
A Região Sul é a segunda mais industrializada do país. Entre os fatores do desenvolvimento industrial, destacam-se as matérias-primas de origem agropecuária, que abastecem as indústrias da região, como as alimentícias, os frigoríficos, óleos vegetais, têxtil, madeireira, calçados e vestuário. É importante também destacar o papel da mão-de-obra do imigrante europeu e a presença de recursos energéticos, como o potencial hidroelétrico e as minas de carvão mineral.
A mais importante concentração industrial está na Região Metropolitana de Porto Alegre, que apresenta um parque industrial diversificado, onde se destacam: o refino de petróleo e a indústria metalúrgica, de couro e de calçados. Na Região Metropolitana de Curitiba encontram-se as indústrias de refino de petróleo, alimentícias, madeireiras e automobilísticas, como a da Volvo.
Há ainda alguns outros centros industriais na Região Sul, como Blumenau e Joinville (SC), onde se concentra o setor têxtil; e Garibaldi, Bento Gonçalves e Caxias do Sul (RS), onde se concentra a indústria vinícola.
A Região Nordeste, apesar de ter apresentado crescimento da produção industrial nas três últimas décadas, possui ainda pequena participação no total nacional. Entre as bases da industrialização regional, destaca-se a riqueza em matérias-primas agrícolas (cana-de-açúcar, algodão), extrativas vegetais (cera de carnaúba, óleo de babaçu) e extrativas minerais (cobre, sal), bem como o potencial hidroelétrico da Bacia do São Francisco. Os principais centros industriais localizam-se na Região Metropolitana de Recife, onde se destacam as indústrias têxteis e alimentícias, e na Região Metropolitana de Salvador, com a exploração de petróleo no Recôncavo e o pólo petroquímico de Camaçari (imagem ao lado), além do Centro Industrial de Aratu, que abriga desde fábricas de cimento a metalúrgicas.
Apesar do crescimento verificado nas últimas décadas, a produção industrial do Nordeste se caracteriza pela dependência. Grande parte do capital investido e da mão-de-obra qualificada da região são provenientes do Sudeste.
A Região Centro-Oeste é a menos industrializada do país. As atividades industriais estão associadas à produção agroextrativa, como as indústrias de beneficiamento de arroz, pequenos frigoríficos, indústrias de couro, metalúrgicas e madeireiras. A maior concentração industrial encontra-se no eixo Campo Grande-Goiânia-Brasília.
A Região Norte conta com dois importantes fatores para o desenvolvimento industrial: a ocorrência de enormes jazidas minerais e a grande capacidade energética. No entanto, sua atividade industrial é pequena e não apresenta grande participação na produção industrial nacional, limitando-se às indústrias mineradoras, à Zona Franca de Manaus e, mais recentemente, à metalurgia do alumínio, no Pará.
Uma zona franca é uma pequena área dentro da qual as indústrias se beneficiam das vantagens oferecidas pelo governo. Em 1967, o governo brasileiro criou a Zona Franca de Manaus, no Amazonas, com o objetivo de atrair indústrias para a Região Norte. Para isso, foi colocada em prática uma política de isenção de impostos que, associada à mão-de-obra barata, atraíram várias empresas nacionais e multinacionais, sobretudo do setor de eletroeletrônicos.
A instalação da Zona Franca dinamizou a economia local. Calcula-se que foram criados cerca de 100 mil novos empregos diretos e indiretos. A cidade de Manaus transformou-se em centro de atração populacional, concentrando cerca de 50% da população do estado do Amazonas.

Importância da atividade industrial no Brasil

A atividade industrial tem uma participação extremamente significativa na economia nacional, não só no valor de sua produção, mas também como fator gerador de emprego direto e indireto, ou seja, na fábrica propriamente dita ou nas mais diversas atividades que com ela se relacionam, como transporte, serviços gerais, comércio etc.
O crescimento expressivo da atividade industrial nos últimos 50 anos colocou o Brasil entre os países mais industrializados do mundo, com uma participação significativa no total da produção mundial, especialmente em alguns setores, como o de alimentos, o têxtil e o de siderurgia.
Porém, ao contrário dos períodos anteriores, em que a expansão da produção industrial era acompanhada pelo aumento do emprego nas indústrias, o crescimento industrial agora passou a se fazer sem o equivalente crescimento do número de operários nas fábricas. Esse processo é conseqüência das novas tecnologias aplicadas nas indústrias, como a robótica, e da concorrência dos produtos importados.
Como resultado das transformações impostas pela globalização, no final da década de 1990, a sobrevivência de algumas empresas industriais só se tornou possível com a adoção de medidas como modernização tecnológica, automação industrial, fusão com outras empresas, redução do número de funcionários e terceirização. A mais grave conseqüência social desse processo foi o acentuado desemprego que se verificou em praticamente todos os segmentos industriais.
Segundo dados divulgados pelo Ministério do Trabalho e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em nosso país existem em operação, atualmente, um pouco mais de 200 mil empresas dedicadas ao segmento das indústrias, as quais empregam em todo o país um contingente da ordem de 6 milhões de trabalhadores. As pequenas indústrias (com menos de 100 operários) são responsáveis pela maior parte dos empregos gerados no setor, conseqüência de seu menor índice de automação industrial, ao mesmo tempo em que as médias (de 100 a 500 operários) e as grandes indústrias (mais de 500 operários) são responsáveis, em conjunto, por 75% do valor da produção.

A guerra fiscal

Um fator decisivo para o processo de descentralização industrial, tanto em escala nacional como regional, é a disputa travada por estados e municípios para receber as instalações de grandes empresas transnacionais. É a chamada “guerra fiscal”, que consiste em conceder desde terrenos até isenções parciais ou totais de impostos para as fábricas que se instalarem na região.

A guerra fiscal é uma das práticas para atração de indústrias
A "guerra fiscal" começou na década de 1990 e - dos primeiros estados a se envolver foi o Paraná. Em março de 1990 o governo do estado, o município de São José dos Pinhais e o Fundo de Desenvolvimento Econômico assinaram um protocolo com a Renault. A empresa comprometeu-se a construir uma planta na cidade até o início de 1999. O estado e o município doaram um terreno de 2,5 milhões de m2 e providenciaram infraestrutura e logística necessárias. Imagem anterior mostra a linha de produção da Renault.
O documento também previa que o suprimento de energia à montadora teria desconto de 25% e que 40% do capital investido sairia do estado. A Renault, e os fornecedores que se instalassem na região, ainda receberia isenção de impostos locais por dez anos. Essas condições especiais acabaram atraindo ainda a Volkswagen, que se instalou na mesma cidade.
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Fatores para a criação e implantação de uma indústria

A Primeira Revolução Industrial teve início no fim do século XVIII início do século XIX, a partir desse período muita coisa mudou, as tecnologias, as relações de trabalho, o modo de produzir, entre outros.
As indústrias não se instalam em um lugar (país, estado ou município) de forma despretensiosa, pois todas as medidas e decisões são tomadas a partir de uma profunda análise com a finalidade de obter maiores informações acerca da viabilidade econômica de um determinado espaço.

Diante desse contexto são observados diversos fatores para a criação e implantação de uma indústria, dentre os principais estão:

• Capitais: não é possível instalar e colocar em funcionamento uma indústria sem recursos financeiros, pois são esses que dão subsídio para a construção da edificação, para obter a área, aquisição de equipamentos e máquinas e todos os recursos necessários para o início da produção.

• Energia: para a execução da prática industrial é indispensável à utilização de energia para mover as máquinas e equipamentos, ao escolher um local para instalação de um empreendimento é preciso verificar qual fonte enérgica está disponível e a quantidade oferecida, uma vez que essa tem que ter um número abundante, pois o custo de instalação é muito elevado e não pode haver falta de tal recurso no processo produtivo.

• Mão-de-obra: além dos itens citados, outro elemento que é de extrema importância nesse processo é a mão-de-obra, pessoas que vendem sua força de trabalho em troca de um salário que deve garantir a manutenção do trabalhador e de sua família, devido a essa dependência humana as indústrias geralmente se encontram estabelecidas em grandes centros urbanos que aglomeram um grande contingente populacional, isso se torna favorável, pois quanto maior a oferta de proletários menores são os salários pagos (lei da oferta e da procura), pois temendo perder os empregos muitos se submetem a receber baixas remunerações. Outro motivo que favorece a implantação de empreendimentos industriais em grandes núcleos urbanos é a existência de trabalhadores com qualificação profissional, pois nas cidades maiores estão os principais centros de difusão de informação e tecnologia como as emissoras de tv, rádio, além de universidades e centros de pesquisas.

• Matéria-prima: esse item ocupa um lugar de destaque no processo produtivo, pois é a partir dessa que será agregado um valor correspondente ao resultado do trabalho e automaticamente o lucro da produção. Diante da importância, essa deve permanecer o mais próximo possível, pois quanto mais perto ela se encontra menores serão os custos com o transporte entre a fonte fornecedora e a processadora, esse fato diminui o custo final e garante o aumento da lucratividade que é a intenção e objetivo maior, principalmente se tratando da sociedade capitalista.

• Mercado consumidor: a escolha em estabelecer-se próximo aos núcleos urbanos é proveniente da proximidade entre a indústria e os possíveis consumidores em potencial, desse modo evitam grandes gastos com transporte, além de dinamizar o seu fluxo até os centros de distribuição.

• Meios de transporte: um sistema de transportes é de extrema valia para a produção e distribuição industrial, nesse caso é preciso que haja uma boa infra-estrutura que possibilite uma logística dinâmica e que atenda a demanda de fluxo de matéria-prima até às indústrias e dessas até o consumidor. A integração de todos os meios de transporte é primordial para o processo de globalização, pois oferece condições de circulação de pessoas, capitais, mercadorias e serviços.

Por Eduardo de Freitas
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Industrialização no Brasil II


Industrialização TARDIA-Aconteceu pós II Guerra Mundial.
  • EUA e Europa vendiam industrializados para os paises subdesenvolvidos, e estes mandavam matéria prima.
  • Comércio entre EUA e Europa enfraquece com os países subdesenvolvidos, e volta-se principalmente a indústria Bélica.
  • Os países subdesenvolvidos têm que desenvolver a indústria que comprava das grandes potências, é a chamada Indústria de Substituição.(Tardia)
  • Volta da venda de industrializados dos EUA e Europa para os países subdesenvolvido, mas há algumas tarifas alfandegárias para garantir o Protecionismo.
  • Entrada de Multinacionais e transnacionais nos países subdesenvolvidos, evidenciando a entrada de capital externo, nos tornando mais dependentes.
Pós 2º Guerra Mundial
OBS.: Multinacional é diferente de Transnacional. A primeira se caracteriza por uma industria que transfere sua produção para o país, mas mantém sua administração e padrões de produção no país da matriz. Já transnacionais transferem a parte produtiva e sua administração para o país, adequando sua produção os valores locais.
Industria Brasileira Pós IIº Guerra Mundial
  • Consolida-se o modelo urbano industrial.
  • Forte presença do capital externo.
  • O governo Vargas constrói a CSN(Companhia Siderúrgica Nacional) e a Petrobrás.
  • Durante o governo Vargas desenvolve-se uma política nacionalista.
  • Durante o governo J.K. aumento a participação do capital externo devido à abertura de estradas, à construção de Brasília e a vinda da Indústria Automobilística.
Dívida no governo J.K.
Deu-se o aumento desta com a necessidade do Estado entrar na economia como o responsável pela infra-estrutura.
A partir de tal atitude do Estado, vamos discutir sobre os investimentos na indústria pela Tríplice Aliança, sendo esta, a elite nacional, o capital externo e o Estado.
  • A Elite Nacional investiu na indústria de Bens de Consumo não durável.
  • O Capital Externo em indústrias de Bens de Consumo Durável.
  • E o Estado na Indústria de Bens de Produção.
Industrialização: da Ditadura aos dias de hoje
A Ditadura iniciou-se em 1964, intensificou com o tempo e foi marcada pela crueldade de suas torturas, adotando a política do Pão e Circo, que preservava a alimentação e a diversão da população, principalmente. Os grandes projetos elaborados nesse período contribuíram para o aumento da nossa dívida externa, através do chamado "milagre brasileiro", que durou entre 1968 à 1973. Nesse processo de intensa industrialização aumentou-se o parque industrial brasileiro.
Em 1973 ocorreu a 1º crise do petróleo por problemas diplomáticos entre os EUA e os países exportadores deste produto. Com a elevação do preço do barril de petróleo, os juros cobrados em cima de nossas dívidas aumentaram, fazendo o Brasil pegar dinheiro emprestado com outros países favorecidos com a alta do petróleo, são os chamados petrodólares. Isso aumento significantemente nossa dívida externa, e desestabilizou um país que parecia estar numa corrente financeira, política e econômica ascendente.
Em 1979 aconteceu a 2º crise do petróleo, e de novo se elevou os juros nas grandes potências, mas o Brasil não tinha mais a quem recorrer para pedir dinheiro emprestado para pagar os juros, nos levando a entrar na década de 80 em crise, daí vem o nome "década perdida". As medidas tomadas pelo governo foi emitir moeda, que elevou ao absurdo nossa inflação; trabalhar em cima da balança comercial pelo superávit, levando ao equilíbrio da balança de pagamentos; e até declarar moratória.
Nos anos 90 o fim do socialismo torna o mundo neoliberal, e com isto aumenta a participação do capital e de produtos externos na economia, e, conseqüentemente, a saída do estado desta, daí a explicação pelo grande número de empresas privatizadas no Brasil hoje em dia.

Anos 80
Anos 90
Guerra Fria (1947-90)
Nova ordem Mundial
EUAxURSS
  • Bipolaridade
Globalização
  • Multipolaridade
Economia-
  • 1º Plano - Poder Bélico
  • 2º Plano - Poder Econômico
Economia-
  • 1º Plano - Poder Econômico
  • 2º Plano - Poder Bélico

Poder Econômico - Caracterizado pelo neoliberalismo, vê-se o poder nos blocos econômicos e a intensificação da globalização
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ATIVIDADE INDUSTRIAL NO BRASIL - 3º ano Prof. Giovanni Guimarães


  • No Sudeste, a mais industrializada das regiões brasileiras, as maiores concentrações industriais estão no Estado de São Paulo, no qual a atividade se expandiu a partir do pólo industrial do Grande São Paulo, sobre quatro grandes eixos rodoviários: Anchieta, Dutra, Anhangüera e Castelo Branco.
  • No Sudeste ainda se destacam os pólos industriais do Rio de Janeiro, principalmente os localizados na Baixada Fluminense, no Grande Rio, no Vale do Paraíba, na Região Serrana (Petrópolis e Nova Friburgo), os pólos industriais de Minas Gerais, como o do Grande Belo Horizonte, onde identificamos a presença de dois importantes distritos industriais, os de Betim e Contagem.
  • Dentre as inúmeras produções das áreas industriais paulistas, pode-se destacar, no eixo da Anchieta, a automobilística (no ABC) e a siderurgia (na Baixada Santista) e, no eixo da Castelo Branco, a produção têxtil (em Sorocaba).
  • Dentre as inúmeras produções industriais presentes nos pólos industriais do Rio de Janeiro e Belo Horizonte podem-se destacar como exemplo, respectivamente, a têxtil e a siderúrgica.
  • A região Sul do Brasil, a segunda mais industrializada do país, em que pesem as transformações que vêm ocorrendo na sua geografia industrial, apresenta sua atividade industrial ainda bastante vinculada ao setor agropecuário.
  • Isso quer dizer que no Sul as produções agroindustriais, como a frigorífica e a de óleos vegetais, apresentam, ainda hoje, elevada participação relativa no total do valor industrial produzido nessa região.
  • No Estado do Rio Grande do Sul, destaca-se como a mais importante de suas áreas industriais o Grande Porto Alegre e, no Estado do Paraná, o Grande Curitiba.
  • Dentre as produções desenvolvidas nesses domínios pode-se citar: no caso do Grande Porto Alegre, a indústria petroquímica (Canoas) e de calçados (São Leopoldo e Novo Hamburgo) e, no caso do Grande Curitiba, o refino de petróleo (Araucária) e a indústria de móveis.
  • No Estado de Santa Catarina, destacam-se como importantes áreas industriais o Vale do Itajaí, com forte presença do setor têxtil e a zona carbonífera do Estado, na qual sobressaem as produções de cunho carboquímico.
  • No Nordeste, a terceira região mais industrializada do país, com cerca de 9% da produção industrial brasileira, destacam-se as produções vinculadas ao processo de transformação industrial das matérias primas regionais.
  • Os mais importantes centros industriais do Nordeste situam-se nas suas três grandes áreas metropolitanas — Recife, Salvador e Fortaleza — com destaque para as produções têxteis e alimentícias, seguidas pela metalúrgica, química e de eletrodomésticos.




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A industrialização no Brasil

Processo de expansão industrial intensificado no Brasil nas décadas de 40 e 50. A partir da segunda metade dos anos 50, o setor passa a ser o carro-chefe da economia do país. Antecedentes Durante o período colonial, pelas regras da política mercantilista, não podem ser desenvolvidas no Brasil quaisquer atividades produtivas que venham a competir com as da metrópole, ou que venham a prejudicar seus interesses comerciais. Na segunda metade do século XVIII, o governo português chega a proibir formalmente em 1785 o funcionamento de fábricas na colônia, para não atrapalhar a venda de tecidos e roupas, adquiridos na Inglaterra e comercializados por portugueses no Brasil. Os primeiros esforços importantes para a industrialização vêm do Império. Durante o Segundo Reinado, empresários brasileiros como Irineu Evangelista de Souza, o Visconde de Mauá, e grupos estrangeiros, principalmente ingleses, investem em estradas de ferro, estaleiros, empresas de transporte urbano e gás, bancos e seguradoras. A política econômica oficial, porém, continua a privilegiar a agricultura exportadora. No final do século XIX e início do século XX, mesmo com o investimento de parte da renda do café e da borracha, as indústrias brasileiras em geral ainda não passam de pequenas oficinas, marcenarias, tecelagens, chapelarias, serrarias, moinhos de trigo, fiações e fábricas de bebida e de conserva. O país importa os bens de produção, matérias-primas, máquinas e equipamentos e grande parte dos bens de consumo.
Indústria de base Os efeitos da quebra da Bolsa de Nova York sobre a agricultura cafeeira e as mudanças geradas pela Revolução de 1930 modificam o eixo da política econômica, que assume caráter mais nacionalista e industrialista. Já em 1931, Getúlio Vargas anuncia a determinação de implantar indústrias de base. Com ela, o país poderia reduzir sua importação, estimulando a produção nacional de bens de consumo. As medidas concretas para a industrialização são tomadas durante o Estado Novo.
As dificuldades causadas pela II Guerra Mundial ao comércio internacional favorecem essa estratégia de substituição de importações. Em 1943 é fundada no Rio de Janeiro a Fábrica Nacional de Motores. Em 1946 começa a operar o primeiro alto-forno da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), em Volta Redonda (RJ). A Petrobrás é criada em outubro de 1953 e detém o monopólio de pesquisa, extração e refino de petróleo. Todas são empresas estatais.
Anos JK O nacionalismo da Era Vargas é substituído pelo desenvolvimentismo do governo Juscelino Kubitschek, de 1956 a 1961. Atraindo o capital estrangeiro e estimulando o capital nacional, JK implanta a indústria de bens de consumo duráveis, sobretudo eletrodomésticos e veículos, com o objetivo de multiplicar o número dessas indústrias e das fábricas de peças e componentes. Amplia os serviços de infra-estrutura, como transporte e fornecimento de energia elétrica. Com os investimentos externos e internos, estimula a diversificação da economia nacional, aumentando a produção de insumos, máquinas e equipamentos pesados para mecanização agrícola, fabricação de fertilizantes, frigoríficos, transporte ferroviário e construção naval. No início dos anos 60, o setor industrial supera a média de crescimento dos demais setores da economia brasileira. “Milagre econômico” O crescimento acelera-se e diversifica-se no período do chamado “milagre econômico”, de 1968 a 1974. A disponibilidade externa de capital e a determinação dos governos militares de fazer do Brasil uma “potência emergente” viabilizam pesados investimentos em infra-estrutura (rodovias, ferrovias, telecomunicações, portos, usinas hidrelétricas, usinas nucleares), nas indústrias de base (mineração e siderurgia), de transformação (papel, cimento, alumínio, produtos químicos, fertilizantes), equipamentos (geradores, sistemas de telefonia, máquinas, motores, turbinas), bens duráveis (veículos e eletrodomésticos) e na agroindústria de alimentos (grãos, carnes, laticínios). No início da década de 70, a economia apresenta resultados excepcionais, com o PIB crescendo a 12 %, e o setor industrial a 18% ao ano. Já em meados dos anos 70, a crise do petróleo e a alta internacional dos juros desaceleram a expansão industrial. Com o financiamento externo mais caro, a economia brasileira entra num período de dificuldades crescentes, que levam o país, na década de 80, ao desequilíbrio do balanço de pagamentos e ao descontrole da inflação. O Brasil mergulha numa longa recessão que praticamente bloqueia seu crescimento econômico. No começo dos anos 90, a produção industrial é praticamente a mesma de dez anos atrás. E no decorrer da década, também por conta da abertura econômica que permite a entrada maciça de produtos importados, o setor industrial vem encolhendo e perdendo participação no PIB para o setor de serviços.

HISTÓRICO

1ª fase: 1822 a 1930
Período de reduzida atividade industrial, dado à característica agrário-exportadora do país. Nessa fase, no entanto, ocorrem dois fatos que facilitam a industrialização futura: a Abolição da Escravatura e a entrada de imigrantes, que vão servir e mão-de-obra.
2ª fase: 1830 a 1956
O ano de 1930 é considerado por alguns autores como o da “Revolução Industrial” no Brasil. Efetivamente é o ano que marca o início da industrialização (processo através do qual a atividade industrial vai se tornar a mais importante do país) beneficiada pela Crise de 1929 e pela Revolução de 1930).
A Crise de 1929 determinou a decadência da cafeicultura e a transferência do capital para a indústria, o que associado à presença de mão-de-obra e mercado consumidor, vai justificar a concentração industrial no Sudeste, especificamente em São Paulo.
Esta fase, assim como a primeira, tem uma característica inicial de quase exclusividade de indústrias de bens de consumo não duráveis, definindo o período chamado de “Substituição de importações”. No entanto, a ação do Estado começa a alterar o quadro, com o Governo Vargas criando as empresas estatais do setor de base, como a CSN (siderurgia), PETROBRÁS e a CVRD (mineração).

3ª fase: 1956 a 1989

Constitui o período de maior crescimento industrial do país em todos os tipos de indústria, tendo como base à aliança entre o capital estatal e o capital estrangeiro. O governo Juscelino Kubitschek dá início a chamada “Internacionalização da Economia”, com a entrada de empresas transnacionais, notadamente do setor automotivo.
O processo iniciado por J.K. teve continuidade durante a Ditadura Militar (1964 a 1985), destacando-se o Governo Médici, período do “Milagre Brasileiro”, que determinou crescimento econômico, mas também aumento da dívida externa e concentração de renda.
4ª fase: 1989 a ...
Esta fase iniciada no Governo Collor com continuidade até o Governo Fernando Henrique marca o avanço do Neoliberalismo no país, com sérias repercussões no setor secundário da economia. O modelo neoliberal adotado determinou a privatização de quase todas as empresas estatais, tanto no setor produtivo, como as siderúrgicas e a CVRD, quanto no setor da infra-estrutura e serviços, como o caso do sistema Telebrás.
Além disso, os últimos anos marcaram a abertura do mercado brasileiro, com expressivas reduções na alíquota de Importação. Por outro lado, houve brutal aumento do desemprego, devido à falência de empresas e as inovações tecnológicas adotadas, com a utilização de máquinas e equipamentos industriais de última geração, necessários para aumentar a competitividade e resistir à concorrência internacional.

A CONCENTRAÇÃO INDUSTRIAL NO SUDESTE

A distribuição espacial da indústria brasileira, com acentuada concentração em São Paulo, foi determinada pelo processo histórico, já que no momento do início da efetiva industrialização, o estado tinha, devido à cafeicultura, os principais fatores para instalação das indústrias, a saber: capital, mercado consumidor, mão-de-obra e transportes. Além disso, a atuação estatal através de diversos planos governamentais, como o Plano de Metas, acentuou esta concentração no Sudeste, destacando novamente São Paulo. A partir desse processo industrial e, respectiva concentração, o Brasil, que não possuía um espaço geográfico nacional integrado, tendo uma estrutura de arquipélago econômico com várias áreas desarticuladas, passa a se integrar.
Esta integração reflete nossa divisão inter-regional do trabalho, sendo tipicamente centro-periferia, ou seja, com a região Sudeste polarizando as demais.

A DESCENTRALIZAÇÃO INDUSTRIAL

Atualmente, seguindo uma tendência mundial, o Brasil vem passando por um processo de descentralização industrial, chamada por alguns autores de desindustrialização, que vem ocorrendo intra - regionalmente e também entre as regiões.
Dentro da Região Sudeste há uma tendência de saída do ABC Paulista, buscando menores custos de produção do interior paulista, no Vale do Paraíba ao longo da Rodovia Fernão Dias, que liga São Paulo à Belo Horizonte. Estas áreas oferecem, além de incentivos fiscais, menores custos de mão-de-obra, transportes menos congestionados e por tratarem-se de cidades-médias, melhor qualidade de vida, o que é vital quando se trata de tecnopólos.
A desconcentração industrial entre as regiões vem determinando o crescimento de cidades-médias dotadas de boa infra-estrutura e com centros formadores de mão-de-obra qualificada, geralmente universidades. Além disso, percebe-se um movimento de indústrias tradicionais, de uso intensivo de mão-de-obra, como a de calçados e vestuários para o Nordeste, atraídas, sobretudo, pela mão-de-obra extremamente barata.

 
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