Transportes
Prof. Giovanni Guimarães
Conceito:
Ramo
de atividade econômica cuja função principal é interligar a produção e o consumo de bens. A importância do transporte acentua-se cada vez mais na
organização econômica e social dos países, influindo progressivamente na
produção agrícola e industrial; no comercio interno e exterior; na composição
dos preços; na regularização dos mercados; nos diferentes usos da terra e na
urbanização. As condições de conforto e bem-estar de uma sociedade dependem de
um sistema de transporte que permita o rápido e eficiente intercâmbio de homens
e de coisas.
Modalidades de operação:
Uma
operação de transporte e dimensionada por três fatores: a quantidade transportada (número, peso e valor), à
distância percorrida, o tempo de percurso.
A
evolução a longo prazo dos diferentes modos de transporte e comandada pela
evolução dos sistemas de conversões energéticas e da tecnologia dos motores.
Quando acontecem os novos modos de transporte suplantarem os precedentes,
jamais os eliminam complemente (serve de exemplo o que ocorre com a tração
animal).
O
conjunto das infra-estruturas utilizadas por um mesmo modo de transporte
constitui uma rede ou malha ferroviária, rodoviária etc. A expressão sistema de
transportes estaria reservada para o conjunto das diferentes malhas de
transportes. Os modos de transportes existentes são o terrestre
(ferroviário, rodoviário e dutoviário),
o aquaviario (fluvial
e marítimo), e o aéreo. A estes se deve juntar, pelo futuro que lhe e atribuído,
o Hovercraft, engenho sem rodas, já comprovado e em uso, que se move sobre a
terra e a água, vencendo ate alturas de 50 cm a 3m e possivelmente mais.
São
os seguintes os marcos mais significativos para a operação econômica das
diversas modalidades de transportes; invenção
da maquina a vapor (1807); inicio do transporte ferroviário (1830); inicio
do transporte dutoviário (1865); inicio da utilização comercial do automóvel (1917); inicio
da aviação comercial (1926). Poder-se-ia
juntar a esses acontecimentos a construção, em Londres, do primeiro Hovertrem,
em 1971.
Do ponto de vista comercial, o transporte pode ser classificado em transporte interior ou continental e exterior
ou intercontinental. Os transportes
interiores se dividem em transportes rodoviários,
ferroviários, fluviais e de cabotagem. Os exteriores compreendem o transporte marítimo de longo curso e a aviação comercial. Embora o desenvolvimento do ramo
transporte apresente uma interdependência em relação ao desenvolvimento
econômico, observa-se que as demandas desse setor em geral crescem a nível
superior ao do conjunto da economia, isto e, a elasticidade-renda do setor
transporte e maior que 1. Tem crescido de modo semelhante o numero de pessoas
ocupadas no ramo. Segundo dados estatísticos da OIT (Organização Internacional
do Trabalho), nos países desenvolvidos da Europa ocidental, nos EUA e no Canadá
a população ocupada nos serviços de transporte situa-se entre 5 e 7% do total
da população ativa.
O transporte fluvial:
Entre
os modos de transporte existentes o fluvial e o mais antigo. Seu custo
operacional é muito baixo. E utilizado no deslocamento de grandes massas de
produtos de baixo valor em relação ao peso e sua econimicidade de operação
depende quase exclusivamente dos custos da carga e descarga.
Transporte marítimo
A
evolução desse modo de transporte e marcada pela perda em favor do transporte
aéreo do mercado intercontinental de passageiros pela especialização dos navios
(petroleiros, graneleiros, etc.) e pelo aumento da capacidade media das
embarcações. As vias marítimas são especialmente favoráveis, do ponto de vista
econômico, para grande tonelagem de carga e grande distancia. De um modo geral,
seus custos são de cinco a dez vezes menores que os dos transportes interiores.
Em I969 havia no mundo apenas cinco portos capazes de receber navios de mais de
cento e cinqüenta mil toneladas. Mas o mundo desenvolvido esta se preparando
para receber os grandes navios (500.000 t), que se tornaram ainda mais
economicamente necessários depois do fechamento do canal de Suez.
Transporte ferroviário:
Num sistema ferroviário explorado em condições
ótimas, obtém-se o transporte do máximo de toneladas com o mínimo de trens por
quilometro. Embora estabilizado em países como os EUA e URSS, o transporte
ferroviário em outros países representou um sensível declínio que culminou na
década de I940. Embora não haja identidade de problemas, de país a país, que
justificasse falar-se de uma doutrina ferroviária ou de uma política
ferroviária uniforme, coincidiu, entretanto, que de I950 a I960 não se
construíram novas ferrovias na Europa, exceção feita da Espanha, Polônia,
Bulgária e Iugoslávia. No mesmo período diminui a quilometragem das vias
exploradas na Bélgica, na França, no Reino Unido. Há quem explique o decréscimo
com o desenvolvimento do setor rodoviário, que passou a concentrar a atenção
dos governos. Na década de I970, porem o transporte ferroviário ingressou numa
fase de total recuperação. O progresso tecnológico de um lado e, de outro, a
consideração de novas variáveis econômicas desenvolveram ao trem o valor que
tivera antes. Passou-se, inclusive, a analisar as ferrovias sob o prisma
macroeconômico, levando-se em conta que nesse tipo de empresa o aspecto social
tem um peso forte. Importantes inovações foram introduzidas.
Transporte rodoviário:
A
exploração e realizada por indivíduos isolados ou por empresas e, em ambos os
casos, para uso privado ou para uso publico. A primeira grande malha rodoviária
foi construída na Antigüidade, pelos romanos, e contava com sólidas estradas. A
superioridade do transporte rodoviário faz-se sentir para curtas distancias e
para pequenas quantidades. A importância desse modo de transporte e crescente.
Servindo ao transporte de mercadorias, o parque mundial de automóveis cresceu
de I950 a I960 em media 1,3 vezes mais que o PNB, enquanto o de automóveis de
turismo cresceu em media 2,2 mais que o PNB.
Transporte aéreo:
A
exploração e realizada por empresas e, excepcionalmente, por indivíduos. Sendo
o transporte mais rápido, e procurado por passageiros, sobretudo para as
grandes distancias. O avião e utilizado ainda para transportar mercadorias de
alto valor unitário em relação ao volume e ao peso e, também, mercadorias
perecíveis: alimentos, tais como carnes, frutas e hortigranjeiros. O
desenvolvimento do transporte aéreo e continuo embora seja dentre todos o mais
caro. Seu custo e quatro vezes maior que o transporte rodoviário, seis a sete
vezes maior que o ferroviário e trinta a quarenta vezes maior que o transporte
marítimo. Nos EUA o avião transporta mais passageiros que o trem.
Transporte dutoviário:
É
feito no interior de uma infra-estrutura fixa, por diferença de pressão, sem
utilização no engenho móvel. Novas soluções técnicas tornam mais freqüente esse
meio de transporte. Limitados ao transporte de gases e líquidos ou mercadorias
em estado pastoso, ocorre a justificativa econômica de misturar água as
substancias sólidas, de modo a torná-las transportáveis por duto vias.
TRANSPORTES NO BRASIL
Introdução
O desenvolvimento
do sistema de transportes no Brasil está intimamente ligado à evolução da
economia brasileira. Portanto, de início, integram-se ferrovias e portos na
comercialização agrícola destinada à exportação. Posteriormente, com a
acelarada industrialização, por meio de um processo de substituição de
importações, o sistema de transportes teve de fazer frente aos fluxos
adicionais de bens intermediários e finais, para atendimento do mercado
interno.
O transporte rodoviário desempenhou papel fundamental nesse estágio de
desenvolvimento econômico.
Em
virtude de grande extensão territorial do Brasil, as imensas distâncias que
separam as diversas regiões, que dificultam a implantação de meios de
transporte rápidos, eficientes e baratos para o escoamento das produções e dos
passageiros, constituem um grave problema para o país.
Os fatores que devem ser considerados para a análise das necessidades e
do trabalho vias de transporte são muitos, podendo ser citados:
a)
relevo;
b)
vegetação;
c)
navegabilidade dos rios;
d)
distância;
e)
custo de instalação;
f)
custo de manutenção;
g)
intensidade do fluxo de mercadorias e pessoas;
h)
isolamento de algumas áreas.
Na
década de 60, foi criado o Geipot —
Grupo Executivo da Política dos Transportes —, a fim de impulsionar o
setor; este grupo já foi extinto.
A
crise mundial de combustíveis também determinou uma nova orientação, mais ampla
e eficiente, em termos de transportes, apesar de a rodovia ter sido o setor que
mais cresceu no Brasil nos últimos anos e que mais se destaca.
A
política de transportes implantada no Brasil está voltada fundamentalmente para
o setor rodoviário, consumindo grande quantidade de diesel e gasolina, num país
que ainda depende de grande importação de petróleo.
Velhos
caminhos
No
período colonial, os caminhos e trilhas eram abertos pelos indígenas,
bandeirantes e jesuítas, partindo do litoral em direção ao interior.
Cumpre
destacar o papel dos rios como vias de comunicação e integração territorial,
tendo sido muito utilizados pelos bandeirantes.
No
Nordeste, a pecuária fez surgir muitos caminhos. Na Região Sul havia o caminho
ligando Sorocaba e o Rio Grande do Sul, por onde se deslocavam os tropeiros.
A
mineração também foi responsável por novos caminhos, entre os quais o que
ligava Minas Gerais e o litoral do Rio de Janeiro. Em 1822, surgiu a Estrada do
Comércio, que ligava o Rio de Janeiro ao Vale do Paraíba, onde se desenvolviam
os cafezais.
Posteriormente,
surgiram a Estrada União e Indústria (ligando Petrópolis-RJ a Juiz de Fora-MG),
Estrada Graciosa (litoral do Paraná a Curitiba) e Estrada Dona Francisca
(ligando Joinville a Rio Negro-SC).
Transporte ferroviário - Histórico (1854/1998)
A
primeira ferrovia do Brasil foi construída pela Imperial Companhia de Estradas
de Ferro, fundada pelo Visconde de Mauá, ligando o Porto de Mauá, na Baía de
Guanabara, à Serra da Estrela, no caminho de Petrópolis. Tinha uma extensão de 14,5 km e bitola de 1 m (1854).
Logo
a seguir, outras surgiram no Nordeste, Recôncavo Baiano e, principalmente, em São Paulo, para servir à
economia cafeeira, então em franco desenvolvimento (Estradas do Café). Eram, em
geral, construídas ou financiadas por capitais ingleses que visavam somente à
satisfação de seus itneresses comerciais, sem o mínimo de planejamento.
Entre 1870 e 1920, vivíamos uma verdadeira "era de
ferrovias", sendo que o crescimento médio destas era de 6.000 km por década.
Obreservando o exposto abaixo:
1855 - E.F. D. Pedro II (E.F.C.B)
1868 - E.F. Santos - Jundaí
1868 - Cia. Paulista de Estradas de Ferro
1872 - Cia. de Estradas de Ferro de São Paulo - Rio de Janeiro
1872 - Cia. Mogiana de Estrada de Ferro.
Após
1920, com o advento da era do automóvel, as ferrovias entram numa fase de
estagnação que se prolonga até os dias de hoje.
A
situação do setor de transporte ferroviário é grave: em 1960 tinha 38,2 mil Km
de extensão e, a partiri de então, passou a sofrer um processo sistemático de
deterioração. Sua extensão diminuiu para 29,7 mil km em 1985 e, após modesta
recuperação, atingiu 30,3 mil Km em 1993 — a mesma extensão que possuía em
1924.
As
ferrovias brasileiras, além de serem poucas, encontram-se irregularmente
distribuídas pelo território. Enquanto a Região Sudeste concentra quase metade
das ferrovias, as regiões Norte e Centro-Oeste concentram juntas menos de 10%.
Existiam no Brasil duas grandes empresas
ferroviárias, atulamente em fase de privatização:
- R.F.F.S.A. (Rede Ferroviária Federal S.A.)
Dos 28.942 km se extensão de
linhas férreas, a R.F.F.S.A. possui 22.837, o que corresponde a quase 80% do
total nacional.
- FEPASA (Ferrovias Paulistas S.A.)
Possui
17% das linhas férreas do país. Foi criada em 1971, com a finalidade de
administrar e organizar o sistema ferroviário do Estado de São Paulo. Pertenciam à FEPASA:
1. Cia, Mogiana de Estrada de Ferro (1.477 km), que parte de
Campinas e serve o Nordeste de São Paulo (Ribeirão Preto, Igaparapava), o
Triângulo Mineiro (Uberaba, Uberlândia) e Brasília.
2. E.F. de Araraquara (440
Km), que atravessa o noroeste de São Paulo, passando por
Catanduva, São José do Rio Preto, Votuporanpa, Rubinéia.
3. Companhia Paulista de Estrada de Ferro (1931 km), que serve
Campinas, rio Claro, Barretos, Bauru, Marília, Oswaldo Cruz e Panorama.
4. E.F. Sorocabana (2.181
km) que inicia em São Paulo, passando por Sorocaba, Botucatu, Assis,
Presidente Prudente e Presidente Epitácio.
Em
1984 o Brasil possuía 28.942
km de ferrovias para tráfego, o que dá uma densidade
ferroviária de 3,4 m/km², densidade bastante pequena em relação aos EUA (150
m/km²) e à Argentina (15 m/km²).
Além
de apresentarem curtas extensões, as ferrovias encontram-se mal distribuídas. O
traçado tipicamente periférico demonstra nitidamente a intenção de atender às
necessidades de uma economia exportadora de produtos primários, com ferrovias
traçadas do interior para os portos regionais, sem a preocupação de integração
do território.
Vários outros problemas embaraçaram o desenvolvimento das nossas
ferrovias:
-
material rodante
-
pessoal ineficiente
-
diferença de bitolas
-
tipos de relevo
-
concorrência das rodovias
- alto
custo de instalação.
Em
vista destes problemas, a rede
ferroviário em geral é deficitária, fazendo exceção apenas algumas linhas.
A
escassez de combustível fóssil tem como solução a utilização do grande
potencial hidrelétrico do país, que hoje representam apenas 7% do total.
Dentre algumas das atitudes governamentais tomadas para solucionar os
problemas do transporte ferroviário, poderia ser citado:
-
eliminação das estradas deficientes
-
reorganização da administração
-reorganização
das linhas
-
substituição das locomotivas a vapor por outras de maior rendimento (diesel e
elétrica)
-
política de privatização.
Transporte rodoviário
Evolução rodoviária
As
estradas brasileiras, sofreram um colapso entre 1860-1920. Com a introdução dos
automotores, a situação enverteu-se, vivendo o país até os dias atuais, uma
verdadeira "era de rodovias".
Aquelas
antigas estradas transitáveis só no período de estiagem passaram a ser
melhoradas, enquanto outras surgiam rapidamente, em diferentes regiões do país.
A partr de 1937, com a criação do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem
(DNER), iniciaram-se melhoramentos referentes à pavimentação, que se
intensifica ainda hoje, e à produção do asfalto e cimento, por parte das
indústrias brasileiras. Mesmo assim, os custos operacionais são altos.
Em 1993, a extensão de nossas
rodovias era de 1.824.363
km, o que dá uma média de 185 m/km², aproximadamente. Do
total, 9% da extensão rodoviária brasileira ainda está na fase de planejamento.
Das atuais rodovias em tráfego, a distribuição se faz da seguinte maneira:
84% Juridisção federal — 6%; Jurisdição
estadual — 10%; Jurisdição municipal
Do
total das rodovias brasileiras, 90%
ainda não se encontrama pavimentadas.
Quanto
à distribuição pelo território, a Região
Sudeste é a que possui a maior extensão, com 30% do total, demonstrando
mais uma vez os desequilíbrios regionais. (S. Paulo — 12%; MG - 15%).
Acompanhando
este aumento na extensão das rodovias, a frota nacional de veículos também vem
crescendo rapidamente, atendida quase que totalmente pela produção brasileira.
A maior parte dos veículos está concentrada no Estado de São Paulo.
Os veículos de passeio representam 70% da frota nacional, enquanto os de transpostre coletivo representam
pouco mais de 1%.
As rodovias federais estão divididas em 5 tipos, a partir de 1967:
-
Rodovias radiais (de BR-1 a
BR-100)
-
Rodovias longitudinais (de BR-101
a BR-200)
-
Rodovias transversais (de BR-201
a BR-300)
-
Rodovias diagonais (de BR-301
a BR-400)
-
Rodovias de ligação (de BR-401 em diante)
a) As rodovias radiais saem todas de
Brasília. A sua numeração é contada a partir do sentido do norte, aumentada no
sentido horário.
b) As rodovias longitudinais são traçadas
no sentido dos meridianos, isto é, cruzam o país na direção norte-sul. A sua numeração
aumenta de leste para oeste, como os meridianos.
c) As rodovias transversais cruzam o
Brasil na direção leste-oeste. A sua numeração aumenta de norte para sul.
d) As rodovias digonais cruzam o país na
direção nordeste-sudoeste ou sudeste-noroeste.
e) Rodovias de ligação são aquelas que
unem duas rodovias entre si. São numeradas de BR-401 a BR-500, como por
exemplo a BR-401, que vai de Boa Vista (RR) até a fronteira com a Guina, com
uma extensão de 140 km.
A realização de uma obra rodoviária deve basear-se nos seguintes
critérios:
-
investimentos em regiões não agrupados demográfica e economicamente;
-
investimentos em regiões ocupados e de baixo nível de renda;
-
investimentos em regiões ocupados e de grande potencial econômico;
-
investimentos em regiões mais desenvolvidas.
As rodovias prestam-se a integração nacional, lado a lado com as
torres metálicas de Embratel - Empresa Brasileira de Telecuminicações, que
interligam, cada vez mais, os pontos mais distantes do país e permitem o acesso
ao telefone e à televisão.
Observação
Em
1982 o DNER deu início à execução do Agrovias
(Programa Nacional de Rodovias Alimentadoras). Esse programa destina-se a
permitir a construção de rodovias integrantes das redes federal, estadual e
municipal, que tenham como função básica assegurar o transporte e o escoamento
de carga do meio rural para pólos urbanos ou para vias de transporte de longa
distância.
A Rodovia dos Trabalhadores, inaugurada em
maio de 1982, ligando, inicialmente, São Paulo a Guararema, passou a se chamar
Rodovia Ayrton Senna. Além de acabar com o congestionamento da Via Dutra,
próximo à metrópole paulista, possibilita o rápido escoamento da produção
agrícola de toda a região do Vale do Paraíba, facilitando ainda o acesso ao
litoral norte e ao Aeroporto Internacional de Guarulhos.
Navegação fluvial
Os
rios tiveram um papel importante na ocupação do território brasileiro. Através
do Tietê, Amazonas e São Francisco, efetuou-se a ocupação de vastas porções do
território. Atualmente é o sistema de menor participação no transporte de
mercadorias. A navegação fluvial vê-se prejudicada pelo fato de a maior parte
dos rios serem de planalto e os rios de planície siturarem-se afastados das
áreas mais desenvolvidas.
Os rios de planalto não impedem definitivamente a navegação, porém sua
navegabilidade depende da construção de canais laterais e comportas (eclusas).
É o caso da eclusa de Barra Bonita no Tietê, de Jupiá no Paraná, além de outras
projetadas.
As bacias de maior importância são:
-
bacia Amazônica
-
bacia do Prata
-
bacia do São Francisco
Navegação marítima
Pela
posição que o Brasil ocupa no Oceano Atlântico, com um perímetro costeiro de 7.400 km e possuindo a
economia voltada para o litoral, era de se esperar que a Nossa Marinha Mercante
fosse muito desenvolvida. Porém, tal não acontece. Possuímos 376 embarcações,
com mais de 100 toneladas, que deslocam 144.000 toneladas.
Essa
Marinha Mercante precária constitui um dos pontos de estrangulamento da nossa
economia.
Vários são os problemas que dificultam o desenvolvimento da Marinha,
entre os quais:
-
embarcações velhas (em média 44 anos de uso);
-
deficiência das instalações portuárias;
-
problemas tarifários;
-
desorganização administrativa.
O setor de transporte marítimos conta com dois importantes órgãos:
- a Sunamam - Superitendência Nacional da Marinha Mercante, que
tem como objetivo reorganizar o setor;
- o Geicon - Grupo Executivo da Indústria da Construção Naval,
que cuida do planejamento, da execução e renovação das embarcações.
Em
parte, os problemas referentes às embarcações, esperando-se, num futuro
próximo, a renovação quase total da frota.
A navegação é feita sob duas modalidades:
Navegação de longo curso ou
internacional
No
Brasil, a navegação de longo curso estava sendo feita pelo Lloyd Brasileiro,
com cerca de 84 embarcações, e pela Fronape (Frota Nacional de Petroleiros),
que possui 80 embarcações.
Atualmente
a navegação é suprida por navios estrangeiros fretados, o que representa
importante saída de divisas dos cofres públicos.
Quanto
à Fronape, todo o petróleo bruto e os derivados importados são, praticamente,
transportados por esta companhia.
As principais empresas de navegação de longo curso no Brasil são:
Fronape
- petróleo e minérios de ferro.
Lloyd
Brasileiro - máquinas e produtos agrícolas.
Docenave
- Vale do Rio Doce Navegação S/A - minérios.
Navegação
de cabotagem
É a
navegação que liga os diversos portos brasileiros entre si, e só pode ser feita
por navios nacionais, segundo dispositivos constitucionais. Porém, devido às
deficiências da nossa Marinha Mercante, mais de 50% da tonelagem é transportada
por embarcações estrangeiras.
Entre as principais companhias que
exploram esse tipo de navegação, temos:
Aliança
- Cia. Baiana de Navegação.
Cia.
Paulista de Navegação.
Portos
Em
grande parte, as deficiências apresentadas pela nossa Marinha Mercante devem-se
às precárias instalações portuárias. Dentre os diversos portos marítimos e
fluviais, dois podem ser considerados de primeira categoria: Santos e Rio de
Janeiro.
Ao lado dos portos de múltiplas funções, em virtude de serem escoados
produtos variados, existem os portos especializados:
-
Santana (Macapá, AP) - manganês.
-
Areia Branca (RN) - sal marinho.
-
Malhado (Ilhéus, BA) - cacau.
-
Tubarão e Vitória (ES) - ferro de MG.
-
Sepetiba (RJ) - minérios de ferro.
-
Itajaí (SC) - madeira.
-
Maceio (AL) - açúcar e petróleo.
- S.
Luís - Itaqui (MA) - ferro de Carajás (PA).
O complexo portuário- industrial de
Sepetiba (RJ), inaugurado em maio de
1982, recebe carvão metalúrgico e energético, destinados ao parque siderúrgico
da Região Sudeste. Deverá estar capacitado também para a futura movimentação de
minério de ferro, destinado à exportação, desafogando o movimento desses
produtos no porto de Rio de Janeiro.
Sepetiba estará destinado à movimentação de granéis e insumos
básicos industriais, enquanto o porto do Rio de Janeiro se restringirá ao
manuseio de cargas mais nobres.
O
porto de Sepetiba articula-se-á com a Ferrovia do Aço, através da malha
ferroviária existente, passando por Japeri e Volta Redonda, o que tornará
possível o escoamento do minério de ferro de MG. E, através de Itutinga, fará a
conexão com a malha ferroviária do Centro-Oeste, permitindo a futura
exportação, por Sepetiba, da produção agrícola do cerrado (GO, MG).
Transporte aéreo
Desde
a década de 20, foi grande o desenvolvimento do transporte aéreo brasileiro,
devido à grande extensão do Brasil e à fundação da Varig (Viação Aérea
Rio-Grandense), em 1927.
Atualmente,
o Brasil está entre os grandes países nesse ramo, sendo várias as empresas
nacionais e internacionais que exploram o transporte aéreo.
Entre os fatores que permitem o desenvolvimento da aviação comercial,
tem-se:
1.
grande extensão territorial;
2.
condições climáticas favoráveis;
3.
relevo de baixa altitude e aplainado;
4.
ausência de outros tipos de transporte capazes de ligar as diferentes áreas do
país.
Atualmente as principais empresas áreas nacionais são: Varig, Vasp, Transbrasil, TAM.
Surgem
no país várias empresas de táxis aéreos.
Em
1969, foi criada a Embraer (Empresa
Brasileira de Aeronáutica), com sede em São José dos Campos (SP). Nesta área funcionam,
como um conjunto, o CTA (Centro
Técnico Aeroespacial), o ITA
(Instituto Tecnológico da Aeronáutica), o
IPD (Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento) e o IAA (Instituto de Atividades Aeroespaciais).
Com
a finalidade de implantar, administrar e explorar a infra-estrutura
aeroportuária do Brasil, foi criada, em 1972, a Infraero (Empresa Brasileira de
Infra-Estrutura Aeroportuária).
Atualmente,
estão sendo produzidos no Brasil vários tipos de aviões.
A
frota nacional é composta por mais de 120 unidades de grande porte (Boeing,
MD-11, Fokker, DC-9, Airbus).
EXERCÍCIOS DOS NOVOS RUMOS DA POPULAÇÃO BRASILEIRA
1) A
pirâmide de idade do Brasil vem apresentando uma redução de volume na base, o
que vem acompanhado disso e pode trazer que conseqüência no futuro?
2) Os
movimentos migratórios estão relacionados a que tipos de fatores?
3)
Explique migração pendular.
EXERCÍCIOS DE POPULAÇÃO
1) Para
compreendermos o crescimento da população brasileira, defina Crescimento
Vegetativo:
2) Qual a estimativa de população brasileira para 2025?
3) Como a urbanização e a industrialização alteraram a estrutura populacional do Brasil?
4 ) Quais ações governamentais influenciaram nos rumos populacionais brasileiros nas décadas de 40 e 50?
5) Quais mudanças marcaram as transformações populacionais no Brasil na década de 60?
6) Analise os dois gráficos populacionais (déc de 70 e 2000) e diga o que contribuiu para as transformações neles contidas:
7) Quais os principais problemas vivenciados pelos grandes centros urbanos brasileiros?
2) Qual a estimativa de população brasileira para 2025?
3) Como a urbanização e a industrialização alteraram a estrutura populacional do Brasil?
4 ) Quais ações governamentais influenciaram nos rumos populacionais brasileiros nas décadas de 40 e 50?
5) Quais mudanças marcaram as transformações populacionais no Brasil na década de 60?
6) Analise os dois gráficos populacionais (déc de 70 e 2000) e diga o que contribuiu para as transformações neles contidas:
7) Quais os principais problemas vivenciados pelos grandes centros urbanos brasileiros?
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