quarta-feira, 16 de setembro de 2015

POPULAÇÃO MUNDIAL UNIDADE III 1º ANO TODOS CMLEM



COLÉGIO MODELO DE IPIAÚ
POPULAÇÃO MUNDIAL
UNIDADE III
1) Crescimento da população mundial
A) Taxas demográficas:
Diz-se que um país é muito povoado quando tem uma grande população relativa (hab/km2) ; é bastante populoso, quando tem uma elevada população absoluta. Isto não tem nada a ver com o problema da superpopulação, que está ligado a um limite econômico e tecnológico que se for ultrapassado pelo aumento de população, pode acarretar uma diminuição do seu padrão de vida
A taxa de natalidade (TN) países centrais é baixa, devido ao seu alto padrão de vida e menor taxa de fecundidade humana (média de filhos por mulher em idade fértil), já que a população ao envelhecer, em face de sua elevada expectativa de vida, vai diminuindo a capacidade de procriação.
O que diferencia os países pobres de países ricos é a mortalidade infantil, muito alta nos países pobres, já que é demonstrativa das condições de alimentação, de atendimento médico-hospitalar e de saneamento básico. A mortalidade infantil precoce ou neonatal (até um mês) deve-se às condições de parto e defeitos congênitos; já a mortalidade infantil tardia (até um ano) deve-se à subnutrição e doenças infecto-contagiosas. A mortalidade (TM), em geral, nos países centrais está ligada mais às doenças senis (cardiopatias, câncer- produtos da degenerescência celular decorrente da velhice da população).
O crescimento vegetativo ou natural= TN - TM, podendo ser positivo (bem elevado, em torno de 3,5% nos países mais pobres como na África sub-saariana e na Ásia Monçônica), de reposição ou negativo (nos países desenvolvidos, sendo que na Europa está em torno de 0%).
B) Transição demográfica
Representa a passagem do período primitivo( ou pré-industrial) da população (com altas TN e TM) para o período demográfico atual (ou evoluído), com pequenas TN e TM. É executada em 2 fases: na primeira, a TN permanece alta, enquanto a TM decresce (daí o CV ser bem alto); na segunda, a TN começa a baixar, junto com a TM, e, por conseguinte, o CV também decresce. O processo termina no período atual, quando as taxas de natalidade e mortalidade (TN e TM) estão abaixo de 10‰
A transição demográfica é distinta entre países centrais e periféricos. Assim vejamos.
a.    Na Europa: ø  período primitivo - até a 1a fase da Revolução Industrial, quando na Inglaterra a população subiu de cerca de 9 para l8 milhões de habitantes na 1a metade do século XVIII. Em face disto, Malthus formulou a teoria catastrofista, segundo a qual a população cresce em progressão geométrica, enquanto a produção de alimentos em progressão aritmética, podendo haver fome. ø primeira e segunda fases de transição demográfica -Na 1a metade do século XIX, na Inglaterra, ainda havia uma grande concentração de renda (Foville dizia em 1833 que ela rica "no mundo, rica em ricos"). Os movimentos sindicalistas (não mais o cartismo, que era mais político que corporativo, mas sim o trade-unionismo) conseguiram, ao longo do século, melhorias salariais mais para a elite de trabalhadores e não tanto para a maioria deles. Assim mesmo no final do século, os salários eram comprometidos em cerca de 50% para comprar alimentos e o restante para aluguel, vestuário e outras necessidades. A TM decresceu em 5 percentuais de 1850 até a década de 1891/90 (de 31 para 26%) em face da melhoria das condições de saneamento básico na Europa.Como a TN ainda estava elevada, houve um crescimento vegetativo grande, favorável à burguesia (diminuindo o valor dos salários) e contribuindo para a grande emigração do século XIX (cerca de 50 milhões foram para a América, Austrália e Nova Zelândia). Neste mesmo período, em face da II fase da Revolução Industrial, a urbanização cresceu 66% no noroeste europeu (de 26,1 para 43,4% a população urbana) e a escolarização das crianças subiu na Inglaterra de 8 para 59%. No final do século XIX a TN começou a baixar, em virtude destes eventos relatados -industrialização, urbanização, melhorias salariais, custos de educação das crianças- portanto a Europa ingressou na segunda fase de transição demográfica . ¸ A Europa, bem como os Estados Unidos, começaram o período atual de crescimento populacional a partir da década de 1921/30, completando, assim, sua transição demográfica; no Japão foi pouco mais tarde.
  1. Nos países subdesenvolvidos:  período primitivo até a década de 40 do século XX (II Guerra ). 1a fase de transição - entre as décadas de 40 e 60, quando ocorreu a explosão demográfica - CV muito elevado, em face da diminuição enorme da TM devido à Revolução Médico-sanitária (pela ação da Organização Mundial de Saúde, da Cruz Vermelha, de laboratórios farmacêuticos, criação de novos medicamentos: como a penicilina, vacinação em massa).
ƒ segunda fase: após a década de 60, quando começou a diminuir a TN em virtude da invenção da pílula anticoncepcional, da criação do movimento feminista, e do aumento da urbanização (desintegrada, que, mesmo assim, faz com que as famílias tenham menos filhos).
O período atual nestes países periféricos não ocorreu ainda, estando a maioria na II fase transicional, com exceção dos "bolsões de pobreza " da África subsaariana e da Ásia Monçônica.
C) Problema do crescimento demográfico x produção alimentar: a fome no mundo atual
·         É contrastante observar que, por um lado, os países centrais completaram sua transição demográfica e aumentaram a produção em face da Revolução Industrial e Agrícola; por outro lado, os países subdesenvolvidos não completaram sua transição demográfica e ainda não solucionaram seus problemas sociais de maior e equitativa distribuição de renda, bem como de produção de alimentos para atender suas populações (CV =3%, mas disponibilidade alimentar é menor que isto).
  • Fatores estruturais que explicam a fome: alto CV nos "bolsões de pobreza " (África subsaariana, Ásia Monçônica, certos países da América Latina e do Extremo Oriente), dependência econômica (balança comercial deficitária em face da baixa cotação dos produtos primários ou "commodities’, além de sua manipulação pelas transnacionais), introdução da plantation (agricultura especulativa que se apropriou de muitas e melhores terras e desestruturou a organização tribal de subsistência na África), a racionalidade capitalista do lucro (não para atender as necessidades do mercado, mas para especular com sua cotação).
  • Os fatores conjunturais que contribuem para a fome podem ser naturais (riscos de enchentes, secas, etc.), políticos (conflitos tribais na África, decorrentes do colonialismo europeu artificializando as fronteiras políticas nacionais), guerras étnicas ( como as que ocorreram na ex-Iugoslávia).
As soluções propostas ao problema do crescimento demográfico:
a) Escola neomaltusiana ou pessimista - o crescimento vegetativo é a causa e não o efeito da pobreza, daí o Estado deve criar políticas antinatalistas e métodos anticoncepcionais, para não desviar os seus investimentos para fins não-produtivos, como programas de educação e de assistências às classes populares.
Hoje, os ecomaltusianos pregam a necessidade de controle da natalidade como meio eficaz de preservção do meio ambiente, pois, segundo sua concepção, o crescimento demográfico aumenta a demanda de recursos da natureza e consequentemente a sua depredação.
Não se pode levar efetivamente a sério esta proposta ecomaltusiana, pois os países centrais têm 1/5 da população mundial, mas respondem por ¾ da poluição do planeta e por grande parte do consumo destes recursos (é o consumismo típico da sociedade de consumo de massa).
b) Escola reformista ou otimista- baseada nas evidências históricas européias no século passado, em que reformas sociais e econômicas liberaram forças produtivas, melhoraram o padrão de vida e diminuiram a TN e assim o CV. No final do século passado na Inglaterra, diminuiu o CV e aumentou a oferta de alimentos pela Revolução Agrícola, se consumindo mais batatas, açúcar e carne.
2. Distribuição da População Mundial
A) Fatores naturais:-
a.    Relevo - as planícies aluvionais (formadas pelos rios) e as costeiras concentram a maior parte da população mundial (55%), vindo em seguida os planaltos (48%).
b.    Hidrografia - os rios representaram um fator de sedentariedade dos povos primitivos, criando as civilizações de regadio no Egito (devido ao Nilo), na Mesopotâmia (devido aos rios Tigre e Eufrates), na Índia (rios Indo e Ganges) e na China (rios Amarelo e Azul). Além disso, hoje prestam inestimáveis serviços de irrigação (em áreas de clima B: áridos e semiáridos), de transportes (ex.: o S. Lourenço no NE dos EUA e SE do Canadá, o Reno na Europa Central, o Amazonas e seus afluentes, o Paraná e Paraguai na região platina) e geração de energia.
c.    Climas - mesmo com toda a tecnologia, os climas polares (com médias térmicas baixíssimas e solos gelados), os desérticos (com a falta de água e amplitudes térmicas diárias elevadas) e os equatoriais (com suas chuvas abundantes) dificultam muito a ocupação humana.
d.    Vegetação - as florestas equatoriais, devido à sua biodiversidade e emaranhado de árvores e cipós, dificultam a ocupação humana (ex.: Amazônia= 45% da superfície do Brasil, mas só 2,6% de sua população).
e.    Solos - quanto mais se puder obter renda da terra, mais ela é valorizada e atrai mais população. A terra é uma mercadoria no sistema capitalista (=renda absoluta da terra).
B) Fatores histórico-culturais:
O processo de integração territorial de um país leva geralmente o Estado a patrocinar ou estimular a ocupação de áreas mesmo naturalmente anecumênicas (ex.: conquista da Sibéria pelo Império Russo; a da Amazônia e Centro-Oeste pelo Estado brasileiro; o das pradarias e oeste norte-americano pelo Homestead Act). O litoral brasileiro concentra 80% da população devido à colonização portuguesa; a costa L dos EUA é bem povoada por ter sido a primeira a ser colonizada.
C) Fatores econômicos:
O trabalho humano se diversifica conforme o tipo de atividade econômica e assim vai precisar de maior ou menor ocupação da mão-de-obra. Exemplo: agricultura mecanizada exige pouca mão-de-obra, enquanto a rizicultura da Ásia Monçônica concentra quase a metade da população mundial por necessitar de muita mão-de-obra. Em ordem decrescente, as áreas industriais são as mais povoadas (ex.: NE dos EUA e Europa Ocidental), depois as áreas agrícolas (ex.: Ásia Monçônica), as de criação de gado, as de extrativismo e finalmente as de pastoreio nômade, sendo estas as menos povoadas.
Os fatores a,b e c combinam-se no espaço e no tempo histórico, condicionando a evolução econômica, a formação e a organização do espaço geográfico (=ação do homem + natureza).
3. Migrações (ou mobilidade geográfica das populações)
A) Fatores - toda e qualquer mobilidade geográfica de população está ligada a fatores de atração e de expulsão, principalmente os de natureza econômica militar (ex.: áreas industrializadas atraem populações de lugares mais pobres) e, em seguida, os de natureza política e militar (áreas onde ocorrem conflitos expulsam população). Os fatores estruturais (ex; países desenvolvidos atraem população, enquanto os subdesenvolvidos a expulsam, dependendo do momento histórico) e conjunturais (ou circunstanciais- marcados por crises- podem ser naturais, políticas e econômicas, como enchentes, guerras, recessão ou paralisação das atividades econômicas) alteram o sentido das migrações.
·         Há uma relação estreita entre migrações, crescimento demográfico e econômico: geralmente quem migra é mão-de-obra já formada, recebendo salário e aumentando o mercado interno; havendo, pois, uma dispersão populacional de áreas estagnadas (diminuindo sua população absoluta e relativa) e uma concentração demográfica em áreas prósperas.
B) Tipos de migrações - a) quanto ao tempo de duração podem ser definitivas e temporárias.
Migrações temporárias: diárias ou "commuting"( ex.: os deslocamentos urbanos das grandes metrópoles representados pelas migrações pendulares entre centro e periferia, cuja intensidade depende do tamanho da área metropolitana e da valorização do solo urbano); sazonais (dependem das estações do ano, como a transumância entre duas áreas complementares) e por tempo indeterminado (como o turismo, as peregrinações e o nomadismo- este ainda ocorre ainda em regiões áridas e semiáridas, quem a pratica não tem casa fixa e se muda constantemente de um lugar para outro em função de pastos para o gado- como na África e Ásia central, ou devido ao comércio- como no Oriente Médio).
B) Quanto ao espaço de deslocamento das populações podem ser externas e internas.
·         Migrações externas - a dinâmica emigração-imigração muda no decorrer do tempo histórico. Assim, por exemplo, a Europa no século passado foi uma área de emigração, em face do alto crescimento vegetativo (e consequente falta de terras e de empregos), e das revoluções liberais e nacionalistas. Após a II Guerra Mundial, com a reconstrução econômica propiciada pelo Plano Marshall, tornou-se uma área de imigração (simultâneamente houve a descolonização da África e Ásia, expulsando as suas populações). A partir da Revolução tecnocientífica (l970) mudou o perfil de oferta de empregos (mais qualificados) e retraiu o mercado - assim, hoje, praticam-se restrições à imigração (também feito pelos EUA pelo mesmo motivo, qual seja a recessão provocada pelas inovações científicas).
  • Migrações internas - das quais se destaca o êxodo rural, que na Europa foi intenso nos séculos XVIII (com os cercamentos, por exemplo, na Inglaterra, aumentando a oferta de trabalho nas cidades onde estava ocorrendo a I Revolução Industrial) e XIX (II Rev. Industrial). Nos países periféricos se acentuou após a II Guerra Mundial, ocorrendo uma verdadeira explosão urbana e metropolização.
Iremos estudar os fatores e os efeitos do êxodo rural.
Þ Quanto aos fatores de expulsão - nos países centrais o êxodo rural deveu-se à adoção de novas tecnologias (Rev. Agrícola); nos países periféricos deve-se ao baixo padrão de vida reinante no campo, à injusta estrutura fundiária (as terras se concentram nas mãos de poucos) e falta de apoio governamental aos pequenos proprietários.
Þ Quanto aos fatores de atração - nos países centrais o êxodo rural deveu-se à industrialização (gerando empregos urbanos), enquanto nos países periféricos é a influência dos meios de comunicação criando uma imagem fantasiosa da cidade.
Þ Quanto aos efeitos do êxodo rural ocorre a: urbanização (=aumento de população nas cidades), que pode ser  integrada (nos países desenvolvidos, em que industrialização criou empregos e mecanizou a agricultura, dinamizando a divisão local de trabalho- deveu-se a fatores de modernização do campo) e urbanização anômala (nos países subdesenvolvidos, especialmente naqueles que sofreram industrialização com as transnacionais após a II Guerra Mundial, mas também por causa daqueles fatores de estagnação no campo). Esta urbanização nos países periféricos se manifesta através de 2 anormalidades: uma urbana (formas urbanas modernas contrastando com uma periferia marginal sem saneamento básico e condições humanas de habitação) e outra setorial (há uma hipertrofia do setor terciário ou de serviços, com a presença do subemprego e do parasitismo social (pivetes, mendigos...)).
C) Consequências gerais das migrações das migrações definitivas internas e externas:
·         Ocupação e povoamento de novas áreas, organizando o espaço geográfico conforme os padrões culturais das áreas de origem dos migrantes;
  • Miscigenação étnica (ex.: colonização da América pelos europeus), difusão cultural (em que a cultura superior predomina sobre a inferior), formação de quistos raciais em "ghettos" (devido à discriminação de ordem cultural, profissional ou de cor); perda de mão-de-obra ou "fuga de cérebros" (como está ocorrendo hoje com a Europa Oriental e Rússia, em face da transição, acarretando prejuízos para os países de emigração); proliferação de grupos neonazistas (xenófobos e racistas como os holligans, skinheads na Europa) e restrições à imigração (como nos EUA em relação aos latino-americanos e asiáticos, e na Europa em relação aos africanos).Estas duas últimas como decorrência da carência do mercado de trabalho em face da Revolução tecnocientífica.
4. Estrutura da população mundial: composição da população por idades, sexos (representada pela pirâmide etária) e pelos setores de produção ( distribuição da população ativa).
A) Estrutura etária e sexual - a) Análise de pirâmides etárias:
·         As faixas etárias são 3: a de jovens (até 19 anos), adultos (20 a 59 anos) e velhos (+ de 60 anos). O lado direito da pirâmide mostra o percentual de mulheres; o esquerdo, de homens; sua base revela o crescimento vegetativo (se for alto, a base é larga e vice-versa); a altura revela a expectativa de vida (quanto maiores forem os lados e o ápice da pirâmide, menor é a expectativa de vida).
  • Ela demonstra o processo evolutivo demográfico de um país, havendo 3 tipos de pirâmide: a de populações jovens com base larga (países periféricos); a de populações em fase de envelhecimento; a de populações envelhecidas - os 2 últimos tipos correspondem aos países que já completaram toda a transição demográfica, com baixo CV, portanto, os desenvolvidos.
  • Ela retrata o desenvolvimento social e econômico dos países: países periféricos apresentam base larga e contorno afunilado como um triângulo; países centrais tendem à uma forma retangular com uma base estreita e ponta mais larga (relativa à maior expectativa de vida).
  • Ela mostra a população ativa e inativa e a necessidade de investimentos sociais: países pobres tem menos PEA (por ter mais população jovem),portanto apresentam maior encargo econômico.
B) Fatores condicionantes da estrutura etária: depende das particularidades do crescimento vegetativo, das migrações (quem migra definitivamente e a longas distâncias é o homem), de conflitos (há maior mortalidade masculina que feminina em guerras).
C) Características da estrutura etária e sexual das populações:
·         Nos países europeus de população velha (ou regime demográfico senil) ocorre a redução da fecundidade humana e da natalidade e, por outro lado, a elevação dos custos de aposentadoria e de assistência médica e alterações no perfil social e cultural da população (velhos são mais conservadores que os jovens). A base da pirâmide é estreita (CV baixo) e expectativa de vida alta
  • Em face de sua incapacidade econômica e técnica os países subdesenvolvidos passam por um grave dilema: precisam investir em escolas e melhoria das condições médico-sanitárias, mas são incapazes disso. Apresentam alto CV em virtude de maior proporção de jovens na população e daí ter uma taxa de fecundidade grade. A base da pirâmide é larga, enquanto a altura é pequena.
  • Em relação à estrutura sexual: um certo equilíbrio entre homens e mulheres nos países pobres, enquanto na CEI, Europa e EUA há um pouco mais de mulheres; a mortalidade é > entre os homens; a população ativa feminina é maior nos países centrais e em todos os lugares ela sofre discriminações quanto a sua inteligência e papel na sociedade, além de ser submetida a dupla jornada de trabalho nas classes populares.
D) Distribuição setorial da PEA (estrutura ocupacional da população)
A organização das atividades econômicas nos 3 setores de produção é discutível, porque:
·         O setor primário é rural, mas com a verticalização provocada pelos complexos agroindustriais ele é cada vez mais industrializado; além disso, está havendo sua terceirização com a informática;
  • O setor terciário antes tinha uma função complementar aos outros ( a de indução ao consumo de produtos primários e secundários), mas agora aumenta a produtividade dos setores primário (pela biotecnologia) e secundário (pela automatização, robotização e informática), pois inclui o setor quaternário (pesquisas científicas e tecnológicas). Além disto, a terceirização está provocando a alocação de serviços antes incluídas apenas no terciário.
Os setores urbanos de produção formam os circuitos superior e inferior, que são opostos, mas complementares quanto à tecnologia (capital e trabalho-intensivo, respectivamente), organização (burocrática e primitiva), estoques (grandes e qualitativos, pequenos), etc.
A distribuição setorial da PEA (que trabalha e recebe uma renda) revela a estrutura socioeconômica dos países. Assim vejamos:
a.    Países pré-industriais - a maior parte da PEA está no setor primário, revelando muito uso de energia braçal e que o país não teve uma Revolução Agrícola, daí maior submissão à natureza e menor tecnologia. O espaço da produção e da circulação é desarticulado, com pequena interdependência na divisão local e regional do trabalho, sendo o mercado interno fraco. Até a sua rede ferroviária é periférica ou litorânea, ligando as áreas produtoras aos portos para facilitar a exportação.
  1. Países subdesenvolvidos industrializados da América Latina - cerca de 25% da PEA no setor secundário e o dobro no terciário, revelando uma terciarização hipertrofiada, além da industrialização desintegrada (não atende aos interesses nacionais), tardia (após a I Guerra Mundial), multinacionalizada e oligopolizada (pelos cartéis formados pelas transnacionais)
  2. Países centrais - devido à Revolução Industrial e Agrícola há pouca PEA no setor primário e hoje, com a Revolução tecnocientífica, ocorre a terciarização integrada da PEA (=deslocamento do setor secundário para o terciário). Na tríade (EUA-Europa Ocidental-Japão) observa-se o seguinte:
Þ Estado e grandes empresas são os grandes financiadores de pesquisas de alto nível; estas, exigindo muito capital, são responsáveis pela globalização para aumentar o mercado;
Þ Criação de tecnópolis ou tecnopólos - cidades planejadas para desenvolverem atividades quaternárias, integrando universidades e empresas, com mão-de-obra altamente especializada, como ocorre no Sillicon Valley, na Califórnia) estabelecendo-se uma Terceira Onda com base em 4 núcleos (eletrónica e computação= ;indústria espacial- , aproveitamento de riquezas marítimas- ƒ , biotecnologia- ).
Þ Desterritorialização das ações humanas pelas infoway - apenas a gestão e coordenação das grandes empresas ficam nos países centrais, já a fabricação não está mais tanto condicionada à proximidade de fontes de energia e matérias-primas.A economia industrial antigamente era agregada em grandes centros, que se tornavam pólos de atração de outras indústrias (congestionando os fluxos de transportes), hoje está ocorrendo a economia de desaglomeração em face das facilidades tecnocientíficas (=descentralização para centros urbanos menores em busca de facilidades de transportes).
5. Espaço Urbano
·         Urbanização é o processo de crescimento da população nas cidades, adotando-se novo estilo de vida, induzido pela industrialização, pelas novas tecnologias de produção e consumo e impondo a instalação de novos equipamentos para tornar viáveis as suas atividades (como comércio, ruas, saneamento básico, transportes, etc.)
  • Até a Revolução Industrial a cidade dependia do campo, a partir daí adquiriu o papel de organizadora do espaço geográfico, pois é o centro de convergência de capital, mercadorias, serviços e mão-de-obra, promovendo a penetração capitalista no campo. Hoje até se fala em rurbanização de países desenvolvidos, onde a população rural apresenta um estilo de vida semelhante à urbana e terceiriza sua produção graças à informática.
  • As formas de aglomeração urbana, resultantes da expansão das cidades, são as seguintes:
Þ conurbações - conjunto urbano formado pela integração física e funcional de 2 ou mais cidades próximas umas das outras (ex.: Volta Redonda-Barra Mansa; Aparecida-Guaratinguetá...)
Þ áreas metropolitanas - conurbações hierarquizadas por uma metrópole;
Þ megalópoles - conurbação de várias areas metropolitanas, formando uma grande área urbanizada quase que continuamente (ex.: Bos-Was com 700 km de comprimento, entre Boston e Washington, no NE dos EUA; Tokaido, com cerca de 500 km, entre Tokio-Yokohama e Osaka-Kobe).
Com a Revolução Tecnocientífica aumentou a metropolização, como verdadeiro pólo irradiador de influências pelos seus meios de comunicação, bancos, transportes e padrões de consumo. Os fluxos de circulação criados pela infraestrutura de vias expressas, túneis, elevados, grandes avenidas facilitam a localização e o abastecimento dos grandes centros de consumo e lazer.
As metrópoles exercem uma influência notável nos padrões culturais de conduta (pela mídia, as elites de cidades do interior ou dos países subdesenvolvidos adotam cada vez mais hábitos metropolitanos), na economia (novas formas de produção e consumo, convergência de rotas). Até mesmo as classes populares de menor poder aquisitivo, geralmente excluídas do circuito superior da economia, selecionam prioridades artificiais de consumo - é o chamado "efeito-demonstração".
Na medida em que aumenta o processo de formação das aglomerações urbanas, especialmente nos países periféricos no pós-guerra, vão crescendo os problemas de moradia, de saneamento básico, de transportes, de abastecimento d’água e de alimentos, de poluição atmosférica e aquática (rios e lagos degradados em face do lançamento de dejetos industriais e urbanos sem o devido tratamento).
Racismo

Ao longo da história, a crença na existência de raças superiores e inferiores -- racismo -- foi utilizada para justificar a escravidão ou o domínio de determinados povos por outros.
Racismo é a convicção de que existe uma relação entre as características físicas hereditárias, como a cor da pele, e determinados traços de caráter e inteligência ou manifestações culturais. A base, mal definida, do racismo é o conceito de raça pura aplicada aos homens, sendo praticamente impossível descobrir-lhe um objeto bem delimitado. Não se trata de uma teoria científica, mas de um conjunto de opiniões, além de tudo pouco coerentes, cuja principal função é alcançar a valorização, generalizada e definida, de diferenças biológicas entre os homens, reais ou imaginárias.
O racismo subentende ou afirma claramente que existem raças puras, que estas são superiores às demais e que tal superioridade autoriza uma hegemonia política e histórica, pontos de vista contra os quais se levantam objeções consideráveis. Em primeiro lugar, quase todos os grupos humanos atuais são produto de mestiçagens. A constante evolução da espécie humana e o caráter sempre provisório de tais grupos tornam ilusória qualquer definição fundada em dados étnicos estáveis. Quando se aplica ao homem o conceito de pureza biológica, confunde-se quase sempre grupo biológico com grupo lingüístico ou nacional.
O fenômeno, cujas origens são complexas, ocorre com maior ou menor intensidade em todas as etnias e em todos os países e suas origens são muito complexas. Quando o Japão, por exemplo, conseguiu, na primeira metade do século XX, um desenvolvimento econômico comparável ao da Europa, surgiu no seio do povo japonês uma ideologia racista muito semelhante à que justificava o colonialismo europeu.
Um primeiro estágio de racismo confunde-se com a xenofobia: determinado grupo social hostiliza um estranho por considerar nefasto todo contato fora do grupo social, o qual tira sua força da homogeneidade e da aceitação entre seus membros das mesmas regras e princípios, recusados ou desconhecidos pelo elemento exógeno. Em outro nível, tal repúdio é justificado pela diferença física, que se torna o suporte do componente racista.
Racismo nas sociedades modernas. A história da humanidade refere-se, desde os tempos mais antigos, a relações, decorrentes das migrações, entre povos racialmente distintos. No entanto, antes da época de expansão das nações européias, as relações raciais não apresentavam a feição que mais tarde as caracterizaria.
Entre egípcios, gregos e romanos, as relações eram de vencedor e cativo, e vigoravam indiferentemente, mesmo com povos a eles semelhantes. Durante toda a Idade Média, a base do antagonismo entre povos era, sobretudo, de índole religiosa. Graças à grande força política da igreja, justificava-se a conquista e submissão de povos para incorporá-los à cristandade. Ainda quando dos primeiros contatos entre portugueses e africanos, não havia nenhum atrito de ordem racial.
Quando, a partir do Renascimento, o progresso técnico permitiu à Europa dominar o mundo, surgiram diversas ideologias que pretenderam explicar e justificar a dominação dos demais continentes pelos países europeus, alegando existir na Europa uma raça superior, destinada por Deus ou pela história a dominar as raças não-européias, consideradas inferiores. A expansão espanhola na América buscou sustentação ideológica em crenças tais como as de que os ameríndios não eram verdadeiros seres humanos, o que justificaria sua exploração.
O moderno racismo europeu encontrou fundamento teórico na obra do conde de Gobineau, Essai sur l'inégalité des races humaines (Ensaio sobre a desigualdade das raças humanas) publicada em meados do século XIX. Nela, o autor francês sustentou que a civilização européia fora criação da raça ariana, uma minoria seleta da qual descendiam as aristocracias de toda a Europa e cujos integrantes eram os senhores "naturais" do resto da população. Outro paladino do racismo foi Houston Stewart Chamberlain, que, embora inglês de nascimento, tornou-se conhecido como "antropólogo do kaiser". Publicou na Alemanha, em 1899, Die Grundlagen des neunzehnten Jahrhunderts (Os fundamentos do século XIX), obra em que retomou o mito da raça ariana e identificou-a com o povo alemão.
Outros autores, como Alfred Rosenberg, também contribuíram para criar a ideologia racista. Esta, convertida em programa político pelo nazismo, visava unificar os alemães, mas como a identificação dos traços raciais específicos do povo de senhores era impossível na prática, criou-se uma "raça inimiga" que unisse contra ela o povo alemão. A perseguição dos judeus ou a escravização de povos da Europa oriental em nome da superioridade da pretendida raça ariana resultou, por suas atrocidades, na adoção pela opinião pública mundial de critérios opostos ao racismo, a partir do final da segunda guerra mundial.
Os trabalhos de antropólogos e sociólogos rejeitam globalmente as teorias racistas e a seu desprestígio científico une-se a adoção, por todos os estados, de princípios como os contidos na Declaração Universal dos Direitos do Homem. Ao mesmo tempo, nos países em que tradicionalmente se praticavam formas de discriminação racial, os preconceitos passaram a ser suavizados e se impôs uma igualdade de oportunidades cada vez maior. Uma exceção à tendência geral, a partir de 1948, foi a África do Sul, onde se exacerbou a tendência à segregação dos grupos étnicos (apartheid) sob o domínio dos sul-africanos de origem européia. Tal sistema político racista chegou ao fim com a convocação das primeiras eleições para um governo multirracial de transição, em abril de 1994.

EXEMPLOS (QUADRO ABAIXO) DE POPULAÇÃO ABSOLUTA, RELATIVA E DENSIDADE DEMOGRÁFICA.

Estados - área e população
Área
População 2000
Total
Urbana
Rural
Absoluta (Km²)
Relativa (%)
Absoluta (hab.)
Relativa (%)
Absoluta
(hab.)
Relativa
(%)
Absoluta
(hab.)
Relativa
(%)
 Acre
153.149,9
1,79
557.526
0,33
370.267
0,27
187.259
0,59
 Alagoas
27.933,1
0,32
2.882.621
1,66
1.919.739
1,39
902.882
2,83
 Amapá
143.453,7
1,67
477.032
0,28
424.683
0,31
52.349
0,16
 Amazonas
1.577.820,2
18,46
2.812.557
1,66
2.107.222
1,53
705.335
2,21
 Bahia
567.295,3
6,64
13.070.250
7,7
8.772.348
6,36
4.297.902
13,5
 Ceará
146.348,6
1,72
7.430.661
4,37
5.315.318
3,85
2.115.343
6,64
 Espírito Santo
46.184,1
0,54
3.097.232
1,82
2.463.049
1,78
634.183
1,99
 Goiás
341.289,5
3,99
5.003.228
2,95
4.396.645
3,19
606.583
1,9
 Maranhão
333.365,6
3,9
5.651.475
3,33
3.364.070
2,44
2.287.405
7,18
 Mato Grosso
906.806,9
10,61
2.504.353
1,47
1.987.726
1,44
516.627
1,62
 Mato Grosso
 do Sul
358.158,7
4,19
2.078.001
1,22
1.747.106
1,27
330.895
1,04
 Minas Gerais
588.383,6
6,89
17.891.494
10,54
14.671.828
10,63
3.219.666
10,11
 Pará
1.253.164,5
14,66
6.192.307
3,65
4.120.693
2,99
2.071.614
6,5
 Paraíba
56.584,6
0,66
3.443.825
2,03
2.447.212
1,77
996.613
3,13
 Paraná
199.281,7
2,34
9.563.458
5,64
7.786.084
5,64
1.777.374
5,58
 Pernambuco*
98.937,8
1,16
7.918.344
4,67
6.058.249
4,39
1.860.095
5,84
 Piauí
252.378,6
2,97
2.843.278
1,68
1.788.590
1,29
1.054.688
3,31
 Rio de Janeiro
43.909,7
0,51
14.391.282
8,47
13.821.466
10,02
569.816
1,79
 Rio Grande
 do Norte
53.306,8
0,62
2.776.782
1,63
2.036.673
1,48
740.109
2,32
 Rio Grande
 do Sul
282.062,0
3,3
10.187.798
6
8.317.984
6,03
1.869.814
5,87
 Rondônia
238.512,8
2,8
1.379.787
0,81
884.523
0,64
495.264
1,55
 Roraima
225.116,1
2,64
324.397
0,19
247.016
0,18
77.381
0,24
 Santa Catarina
95.442,9
1,12
5.356.360
3,15
4.217.931
3,06
1.138.429
3,57
 São Paulo
248.808,8
2,91
37.032.403
21,81
34.592.851
25,07
2.439.552
7,66
 Sergipe
22.050,3
0,26
1.784.475
1,05
1.273.226
0,92
511.249
1,6
 Tocantins
278.420,7
3,26
1.157.098
0,68
859.961
0,62
297.137
0,93
 Distrito Federal
5.822,1
0,07
2.051.149
1,2
1.961.499
1,42
89.647
0,28
 BRASIL
8.547.403,9
100
169.799.170
100
137.953.959
100
31.845.211
100
Fonte:IBGE - Censo 2000.
*Incluindo Fernando de Noronha

DESEMPREGO E
EXCLUSÃO SOCIAL

Não dá para falar em desemprego sem falar em exclusão social, já que o desemprego é talvez um dois maiores fatores de exclusão social que conhecemos. O desempregado (ou o sub-empregado, com salários que não satisfazem às suas necessidades básicas), não pode viajar, ir ao cinema, ao teatro, não pode se divertir e não pode nem estudar se qualificar para melhorar de vida. Não pode também dar boa educação aos filhos, não pode ficar doente; pois não tem recursos financeiros para se tratar, não pode ter acesso a condições dignas de habitação e muitas vezes não tem nem o que comer, há realmente uma exclusão; uma privação das necessidades físicas e / ou mentais do indivíduo.
Os efeitos de estar desempregado são em geral traumáticos, profundamente pessoais e não se restringem à perda dos rendimentos e do poder de consumo. São também altamente variáveis de acordo com personalidade, sexo, idade, classe, tipo de ocupação anterior, histórico de vida e grau de desemprego dentro da localidade imediata e/ou família. As pessoas desempregadas vivenciam problemas sociais, psicológicos e físicos.
Entre os efeitos psicológicos identificados como ligados ao desemprego incluem-se resignação, auto-estima negativa, desespero, vergonha, apatia, depressão, desesperança, sensação de futilidade, perda de objetivo, passividade, letargia e indiferença. Entre os efeitos sociais incluem-se pobreza, perda de status, perda de disciplina temporal e rotina diária, desagregação da vida familiar, incluindo o divórcio e várias formas de comportamento anti-social, incluindo roubo, tráfico e vandalismo.. Entre os efeitos físicos incluem-se várias formas de doença, insônia, tensão e ansiedade, resultando às vezes em embriaguez, drogas, violência intra-familiar, maus-tratos a crianças e tentativa de suicídio. É um problema de exclusão social, que traz todas essas conseqüências, algumas evidentes e algumas não tão evidentes, mas que também são extremamente destrutivas.
Sem emprego, a pessoa sente-se diminuída em relação às demais; seja no meio familiar ou entre os vizinhos e / ou amigos. O fato é que a desesperança de conseguir um novo emprego e a agonia de não poder dar a si mesmo e à sua família a qualidade de vida que gostaria causa infelicidade, podendo inclusive levar o indivíduo a desenvolver doenças de cunho psicológico, em casos extremos uma depressão provocada por estes fatores pode até mesmo levar ao suicídio.
Sem contar que muitas vezes, o desemprego é injustamente taxado e tratado como vagabundo pela sociedade, fato que contribui e aumenta a exclusão, afetando ainda mais o lado psíquico, aumentando sua sensação de incapacidade e que ao longo prazo, o desemprego e a exclusão social podem incentivar o crime como alternativa para a "desexclusão".
O fato é que em geral ninguém se dá conta que se trata de um problema social que não resulta exclusiva nem prioritariamente da incapacidade ou de erros individuais, mas sobretudo das mudanças econômicas sociais e tecnológicas ocorridas na sociedade nos últimos anos.

Nível da ocupação feminina se manteve em 2003
O acompanhamento a partir da década de 1990 mostrou que o nível da ocupação da população masculina manteve tendência de queda, com nítida retração em 1996. Esse indicador em 2002 superou somente o do ano anterior e atingiu o seu mínimo (67,2%) em 2003. O nível da ocupação da população feminina, apesar de ter apresentado, também, retração de patamar em 1996, já mostrava recuperação em 1999. No contingente de mulheres, o nível da ocupação de 2003, permaneceu igual ao de 2002 (44,5%), que praticamente havia alcançado o de 1995 (44,6%), o mais alto desde o início da década de 1990.
De 2002 para 2003 a contribuição feminina (547 mil mulheres) para o aumento no número absoluto pessoas ocupadas foi maior que o da masculina (524 mil homens).
Em 2003, eram mulheres 93,5% dos trabalhadores domésticos no País, bem como 69,0% dos trabalhadores para o próprio consumo, 55,6% dos militares e estatutários e 54,7% dos trabalhadores não-remunerados. Por outro lado, 47,5% das mulheres ocupadas eram empregadas e 25,6% o eram com carteira de trabalho assinada. Ainda dentro da população feminina ocupada, 17,3% eram trabalhadoras domésticas e 12,8% o eram sem carteira assinada. Ainda entre as ocupadas, 16,3% eram trabalhadoras por conta própria e apenas 2,5% eram empregadoras (Tabela 12).
Os dois grupamentos de atividade com as maiores participações femininas (tabela 14) eram Serviços Domésticos (93,5%) e Educação, Saúde e Serviços Sociais (77,4%), enquanto as duas menores participações das mulheres estavam em Construção (2,3%) e em Transporte, Armazenagem e Comunicação (11,4%). Quanto ao número de horas trabalhadas, 42,2% da população feminina ocupada trabalhavam menos de 40 horas por semana, contra apenas 17,9% dos homens ocupados. Desde 1992 este indicador matem-se acima dos 41% para as mulheres, e abaixo dos 18% para os homens.
Fonte: IBGE
REPORTAGENS DO MUNDO SOBRE POPULAÇÃO

Domingo, 7 de julho de 2002, 18h07
Aids reduz expectativa de vida para 40 anos na África
A expectativa de vida em sete países da África subsaariana será inferior aos 40 anos, principalmente por causa da Aids. Estudo divulgado na XIV Conferência Internacional sobre a aids, que acontece em Barcelona, revela também que neste países haverá mais mortes que nascimentos. Cinco destas nações, Botsuana, Moçambique, Lesoto, Swazilândia e África do Sul, terão sua população reduzida até 2010. No Zimbábue e Namíbia, o aumento da natalidade será próximo de zero, adverte o estudo.
Botsuana tem 38,8% de seus adultos infectados pelo vírus HIV e expectativa de vida de 39 anos. "A epidemia da aids muda dramaticamente a situação demográfica nos países africanos", declarou Karen Stanecki, autora do informe. Na falta de uma prevenção e de um tratamento em massa, 55 milhões de africanos morrerão prematuramente pela aids de hoje a 2020.
JB Online

Alemanha precisa de imigrantes
À medida que a população do país diminui e envelhece, por causa das baixas taxas de natalidade, a Alemanha precisa admitir 50 mil imigrantes por ano ou irá defrontar-se com a falta de trabalhadores.
Uma comissão governamental selecionará os imigrantes de acordo com um sistema baseado em idade e ocupação, algo semelhante ao que fazem países como o Canadá.
Quotas separadas deverão ser estabelecidas para estudantes e trabalhadores especializados de setores da economia com falta de mão-de-obra. Junto a isso, apoio financeiro deverá ser dado por programas para melhor integrar os estrangeiros que vivem na Alemanha.
Os principais partidos políticos do país mudaram seu velho discurso de que a Alemanha não está aberta à imigração, dadas as previsões de que a população alemã poderá diminuir em 25 por cento dos atuais 82 milhões nos próximos 50 anos.
No ano passado, o presidente Schroeder lançou um programa similar ao norte-americano de green cards para cobrir a falta de especialistas em computação no país.
A União Democrata-Cristã (CDU), no entanto, criticou a decisão com uma campanha cujo tema era "crianças, em vez de indianos", pedindo que houvesse maiores gastos com educação e não imigração.
Apesar dos principais partidos políticos cada vez mais aceitarem que a imigração seja essencial para o futuro da maior economia da Europa, muitos alemães opõem-se a entrada de estrangeiros -- que já formam cerca de 10 por cento da população do país --, especialmente em tempos de altas taxas de desemprego.
Um problema que vem aumentando é o crescente anti-semitismo no país e violência racial.

Quinta-feira, 20 de Dezembro de 2001
Casamentos diminuem e separações aumentam, diz IBGE
ANA PAULA GRABOIS
da Folha Online, no Rio
Mais separações e divórcios e menos casamentos no Brasil. Esta é uma das conclusões da pesquisa de registros civis referente ao ano de 1998, realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

No Brasil de 1991 ocorriam 21,2 dissoluções de uniões para cada 100 casamentos. Em 1998, para cada 100 casamentos, foram contabilizados 28,1 separações ou divórcios.

Casamentos
O número de casamentos no Brasil, apesar de ter crescido entre 1991 e 1994, caiu em 1998. Em 1994, houve o maior volume de uniões legais, cerca de 763 mil. Em 1998, caiu 6%, passando para 699 mil.

No entanto, a taxa de nupcialidade (divisão do número de casamentos por habitantes) vem caindo ao longo da década. Segundo o IBGE, a população cresceu num ritmo mais acelerado que o crescimento das uniões.

Segundo o IBGE, os fatores que influenciaram mais o comportamento dos casamentos no Brasil são de ordem econômica e cultural.

O econômico ocorre porque casa-se mais quando a renda aumenta. Isto pode ser comprovado pelo fato de que em 1994 _ano de implantação do Plano Real e de aumento da massa salarial_ ter ocorrido o maior número de uniões.

O fator cultural é explicado pela tendência de aumento nas uniões consensuais, indicando um mudança de comportamento social.

Separações e divórcios
Enquanto os casamentos diminuem, as separações e divórcios judiciais aumentam.

O número de separações cresceu 19% de 1991 para 1998. Em 1991, o Brasil registrou 76.233 separações judiciais. Este número saltou para 90.778 em 1998.

Já os divórcios cresceram 29,7% no país de 1991 a 1998, ano no qual foram registrados 105.253 divórcios no país. Em 1991, eram 81.128. Na região Norte, o número de divórcios praticamente dobrou, com 99% a mais de divórcios.

China enfrenta epidemia de Aids
Com uma população que já ultrapassou 1 bilhão e 300 milhões de habitantes a China está enfrentando uma epidemia de Aids muito grave. Os casos de infecção com o vírus HIV cresceram quase 70% em um ano no primeiro semestre de 2001, em relação ao mesmo período do ano passado. O número total de casos foi de 3.541, de acordo com o comunicado do Ministério da Saúde.
A mídia estatal havia informado que em algumas cidades da província de Henan a infecção por HIV atingia taxas de 65 por cento.
Segundo o ministério, parte do problema foi causada por uma técnica de doação de sangue que reinjetava o líquido no corpo do doador depois da extração do plasma. O sangue reinjetado havia sido misturado com o de outros doadores.
Especialistas do Ministério da Saúde disseram que o número de casos de HIV/AIDS pode ser superior a 600 mil, e a ONU afirmou que os casos podem ultrapassar 10 milhões em 2010 se a China não tomar providências

Quarta-feira, 13 de Dezembro de 2000
Mulheres e negros são os mais afetados pelo desemprego
Agência JB
BRASÍLIA - Mulheres, jovens e negros são os mais afetados pelo desemprego no Brasil. Esta é uma das principais conclusões do relatório Panorama Laboral 2000 sobre a América Latina e o Caribe, divulgado hoje pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) em Brasília e Lima, no Peru. Esta é a sétima versão do relatório que apresenta um amplo quadro dos indicadores do trabalho.
Os pesquisadores revelaram que o Brasil e os demais países da América Latina estão se recuperando economicamente, com taxa de crescimento médio, estimada para este ano, da ordem de 4,3%, mas ainda não conseguiram reduzir os índices de desemprego.

Grã-Bretanha e Itália declaram guerra contra imigração ilegal
Recentemente a Grã-Bretanha e a Itália concordaram em tomar novas medidas contra a imigração ilegal do oeste da Europa através dos Balcãs, disseram líderes de ambos os países.
Em um artigo conjunto escrito para o jornal londrino Observer, o primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Tony Blair, e seu par italiano, Giuliano Amato, disseram que vão impulsionar a rápida introdução de amplas penalidades na Europa para o tráfico de seres humanos e o transporte de imigrantes ilegais.
Blair e Amato indicaram que seus países vão colocar mais agentes de polícia e imigração na Bósnia, para ajudar as autoridades no controle das fronteiras.
Pelo menos 50 mil imigrantes ilegais entram no oeste europeu por ano através dos Balcãs, indicou o texto. A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que 10 por cento dos imigrantes ilegais ingressam na Europa por meio da Bósnia.

Sexta-feira, 31 de maio de 2002
Dinamarca aprova lei que limita imigração para o país
da Reuters, na Dinamarca
O Parlamento da Dinamarca aprovou hoje um projeto polêmico para limitar a imigração ao país, depois de um debate longo e exaltado.

O projeto do governo de centro-direita, que dificulta a concessão de asilo e reduz os benefícios aos imigrantes, foi aprovado graças aos votos do Partido do Povo Dinamarquês (DPP), que é completamente contra a imigração.
O DPP tornou-se o terceiro maior partido no Parlamento na eleição de novembro, fazendo uma campanha antiimigração após os ataques de 11 de setembro aos Estados Unidos.

A lei, que de acordo com o primeiro-ministro Anders Fogh Rasmussen poderia servir de exemplo para outras nações européias, foi aprovada poucos dias depois de França e Alemanha terem feito um apelo conjunto para restringir a imigração para a Europa, na tentativa de conter o avanço da extrema direita.
Os líderes da União Européia vão discutir a conciliação das leis de imigração e de asilo entre os países do bloco em um encontro em Sevilha no mês que vem.
Controle populacional na Índia
Um grave problema enfrentado pela Índia é a superpopulação. O país já ultrapassou 1 bilhão de habitantes e segue como o 2º país mais populoso do mundo.
A fim de reduzir a natalidade no país, como parte da política de planejamento familiar a Índia está apelando à televisão para tentar manter os casais ocupados e diminuir a natalidade no país, cuja população já passa de 1 bilhão de pessoas.
O governo decidiu reduzir o preço dos aparelhos de TV na Índia.
"O entretenimento é um componente importante da política de controle da população", disse o Times da Índia, citando declarações do ministro a parlamentares. "Queremos que o povo veja televisão."Os deputados afirmaram que a população do país, que ultrapassou a marca de 1 bilhão de habitantes em maio, alcance a nação mais populosa do mundo, a China.
Outra forma de combate à natalidade é o projeto, que tem um gasto previsto de 23.000 dólares, pretende diminuir a taxa de 15 a 20 por cento de falha das camisinhas devido a sua ruptura. Os preservativos atualmente são fabricados de acordo com o tamanho recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Organização Internacional de Padrões.
Contudo, as autoridades destacaram que somente 3 por cento dos indianos usam camisinhas, enquanto 52 por cento deles não usam nenhum método contraceptivo.
O crescimento da população no país -- o segundo mais populoso do mundo depois da China, com mais de 1 bilhão de pessoas -- diminuiu 21,34 por cento na última década quando comparado aos dez anos anteriores.
A Índia, que possui fábricas estatais de camisinhas, pretende diminuir ainda mais a taxa de crescimento populacional.

Junho de 2000
Racismo assusta o norte da Inglaterra
Uma família de origem asiática escapou por pouco de ficar seriamente ferida quando a casa onde moram foi atacada e pegou fogo, em um dos piores ataques motivados pelo racismo no norte da Inglaterra.
Uma porta-voz da polícia de Lancashire disse que duas lojas -- uma delas ficava no andar térreo da casa da família -- e dois carros foram incendiados, nas cidades de Accrington e Burnley, onde vivem grandes comunidades de imigrantes do Paquistão e de muçulmanos de Bangladesh.
O desemprego na região é um dos mais altos da Grã-Bretanha.
Conflitos constantes entre jovens brancos e asiáticos são comuns na região.

Quarta-feira, 19 de Dezembro de 2001
Metade dos chefes de família no país ganha até R$ 350
da Folha Online, no Rio
Metade dos responsáveis pelos domicílios no país ganhou até R$ 350 por mês no ano passado. O rendimento médio mensal de todos os chefes de família ficou em R$ 769. Esse rendimento cresceu 41,9% comparado a 1991, em valores reais.

No total, o Brasil abriga 44,8 milhões de chefes de família. O Censo revela que 4,09 milhões desses chefes de família não têm rendimento, e 1,298 milhões recebem até meio salário mínimo.

Mesmo com o crescimento da renda média, a concentração de renda ainda é grande no país.

De 1991 para 2000, o grau de concentração de renda das pessoas responsáveis pelos domicílios, medido pelo índice Gini, passou de 0,637 para 0,609.

O índice de Gini mede a concentração de renda de uma região e varia de 0 a 1. Quando mais próximo de um, maior a concentração.

A região Centro-Oeste apresenta o maior grau -0,622, pelo índice de Gini, seguido pelo Nordeste, com 0,617.

O salário mínimo utilizado no levantamento era equivalente a R$ 151.

Quarta-feira, 19 de Dezembro de 2001
Censo 2000 revela que a população brasileira está mais alfabetizada
da Folha Online, no Rio
O Censo 2000 revela que a população brasileira está mais alfabetizada. A taxa de alfabetização, no ano passado, ficou em 87,2%, contra 80,3% em 1991. Isso significa que quase 120 milhões de brasileiros sabem ler e escrever pelo menos um bilhete.

No entanto, ainda é grande a população analfabeta. São 17,6 milhões de pessoas. A maior taxa de analfabetismo está no grupo com idades acima de 15 anos.

A taxa é calculada no grupo de pessoas com mais de 10 anos.

Na zona rural, a taxa de alfabetização apresentou maior crescimento em relação a 1991. Passou de 59% para 72,4%.

O Norte e o Nordeste têm as maiores proporções de pessoas não alfabetizadas, com 15,6% e 24,6% respectivamente. As duas regiões juntas têm mais de 10 milhões de analfabetos. Os municípios com maior taxa são Itamarati (AM), com 59,1% de analfabetos, Guaribas (PI), com 58,2%, e Jordão (AC), com 47,8%.

Quarta, 28 de maio de 2003
Bush prega abstinência sexual contra a Aids
Para o governo dos Estados Unidos, o incentivo à abstinência sexual é uma das armas para controlar o avanço da Aids. A lei recém sancionada por George W. Bush destina US$ 15 bilhões para campanhas internacionais de prevenção. Boa parte desses recursos vai para organizações religiosas que desenvolvem campanhas a favor da abstinência. O alvo principal é a África, continente onde está concentrado o maior número de casos. Segundo Bush, os Estados Unidos têm a "obrigação moral" de liderar os esforços mundiais para controlar a epidemia, que já matou 20 milhões de pessoas. O presidente americano chegou a comparar a nova lei com o Plano Marshall, que ajudou a reconstruir a Europa depois da Segunda Guerra Mundial.
A nova lei já foi bombardeada por críticas, não só pela defesa da abstinência sexual. Mas também porque seria também uma jogada de marketing para tentar recuperar a imagem da política externa dos Estados Unidos, abalada pela guerra no Iraque.
Fonte: www.terra.com.br

População de rua chega a 1.200 pessoas no Rio
RIO DE JANEIRO (JB Online) - O drama de nove menores e um casal que moravam numa casa de bombas desativada pela Fundação Parques e Jardins no Centro do Rio, denunciado pelo "Jornal do Brasil" na edição de sexta (18), faz parte da realidade de 3,5 mil pessoas, das quais 1,2 mil só na capital, que vivem nas ruas. Os números são da última estatística encaminhada à Secretaria Estadual de Ação Social e Cidadania feita pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj).
Ontem, M., de 14 anos, um dos ex-moradores do subterrâneo, lamentava o fechamento da "sua casa" pela prefeitura. "Vamos dormir no aeroporto", disse ele, se referindo aos pontos próximos ao Aeroporto Santos Dumont.
Com um orçamento de R$ 89 milhões para esse ano, a secretária estadual de Ação Social e Cidadania, Rosângela Matheus, a Rosinha, ressalta que já foram investidos R$ 358 mil no programa Reconstruindo Cidadania, que atende 400 pessoas. Até o final do ano, será inaugurada mais uma unidade com capacidade de abrigar 600. Ela argumenta, no entanto, que o recolhimento da população de rua é de responsabilidade das prefeituras. "O Estado destinará até dezembro, R$ 6,2 milhões para o Programa de Atendimento Integral à Família que tem 60 prefeituras conveniadas", afirmou.
Com quatro abrigos, a Fundação Leão XIII mantém mil pessoas. "O maior desafio é impedir, com trabalhos educativos, o retorno delas às ruas", avaliou a presidente da Fundação, Lourimar Santiago. Em pouco mais de um mês, a Fundação da Infância e Adolescência (FIA) recolheu 304 adolescentes das ruas, dos quais 87 eram crianças com menos de 12 anos. Mas pelos cálculos da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (SMDS) existem, pelos menos, 400 crianças e adolescentes, ainda pelas ruas da cidade.
Para administrar programas e manter 41 casas de acolhidas, duas repúblicas, três albergues, três abrigos para adolescentes, a Fazenda Modelo e 450 creches, a SMDS dispõe este ano de R$ 102,6 milhões. Segundo a subsecretária, Leda Azevedo, a central de triagem recebe 15 a 20 pessoas por dia. Elas são recolhidas por quatro equipes, com psicólogos e assistentes sociais, que trabalham 24 horas. "A demanda é sempre impulsionada pelo desemprego, falta de habitação e saúde", explicou.
13h48 - 19/08/2000


O mundo em 2050
Recentemente a ONU divulgou em seu relatório "Perspectivas da População Mundial" que na metade do século 21 o mundo estará muito mais cheio e sua população estará mais velha e mais pobre do que hoje.
Até 2050 a população mundial deve subir dos atuais 6,1 bilhões para 8 a 11 bilhões.
Desse total, 88% ou 8,2 bilhões de pessoas, viverão nos países em desenvolvimento, contra os 80 por cento (4,9 bilhões de pessoas) de hoje.
O relatório divulgou ainda que metade do crescimento da população mundial até 2050 se dará em apenas cinco países asiáticos e um africano: Índia, China, Paquistão, Nigéria, Bangladesh e Indonésia.
Nos próximos 50 anos o contingente mundial de idosos vai aumentar muito. O número de pessoas com 60 anos ou mais vai subir de 606 milhões hoje (20 por cento da população mundial) para quase 2 bilhões (33 por cento).
O número de pessoas com 80 anos ou mais, que em 2000 era de 69 milhões, será multiplicado por cinco até 2050, chegando a 379 milhões, ou 4% da população do planeta.
Essa tendência vai afetar principalmente os países mais ricos, provocando:
  • escassez de mão-de-obra
  • elevação dos custos da saúde e das aposentadorias na Europa e no Japão.
Países como os EUA serão menos afetados pelo problema porque o país recebe cerca de 1,1 milhão de imigrantes por ano.
Com a população crescendo tão rapidamente no mundo em desenvolvimento, África e Ásia vão se urbanizar mais. "Haverá um grande crescimento das megacidades nos países em desenvolvimento". E, finalmente, teremos um mundo mais diversificado do que o de hoje, em termos étnicos e culturais.
As populações em rápido crescimento têm menos tempo para preparar-se para transformações, acrescentando que essas pressões confrontam os governos com desafios de todos os tipos, tais como:
  • reavaliação da idade e das condições de aposentadoria;
  • orçamentos de saúde e política imigratória.


Quarta-feira, 19 de Dezembro de 2001 10:47:47

Aumenta o número de mulheres "chefes de família", diz Censo
da Folha Online, no Rio

O número de mulheres responsáveis pelos domicílios aumentou 38% na década. Em 1991, 18,1% dos chefes de família eram mulheres. O percentual passou para 24,9% em 2000, conforme revela o Censo do IBGE.

A maior proporção de mulheres chefiando a casa ocorre na região Nordeste, com 25,9%, e Sudeste, com 25,6%.

Segundo o IBGE, as mulheres estão assumindo este papel cada vez mais jovens, enquanto que os homens responsáveis pelos domicílios estão envelhecendo.

Entre as 11,2 milhões de mulheres responsáveis por suas casas, 3,4 milhões têm mais de 60 anos.

Quarta-feira, 20 de Setembro de 2000

ONU quer ajuda dos homens para melhorar situação da mulher
Lindsay Griffths – Reuters

Segundo relatório da Organização das Nações Unidas divulgado em setembro de 2000, as mulheres do mundo estão em piores condições que os homens, seja por abuso físico, padrões duplos ou discriminação,
No relatório anual, o Fundo de Populações das Nações Unidas (UNFPA) informou que estupro, abuso e leis inadequadas são apenas algumas das barreiras que oprimem as mulheres, não existindo nenhum país onde elas estejam livres desses problemas.
Conforme o documento, pelo menos uma em cada três mulheres é espancada, estuprada, coagida para sexo ou abusada de alguma forma, normalmente por alguém que conhece.
No que se refere à contracepção no Japão ou à educação no Paquistão, as mulheres permanecem como cidadãs de segunda categoria no mundo.
"A discriminação e a violência contra mulheres e meninas permanecem firmemente enraizadas em culturas em todo o mundo e me faz mal ter que justificar porque meninas devem ser educadas. São metade da população do mundo, é um direito delas", disse a diretora-executiva do UNFPA, Nafis Sadik.
Para Sadik, atacar os homens é a opção mais fácil mas a solução moderna para um velho problema seria cooptar a outra metade para uma luta global por igualdade.
"A retórica contra os homens é fácil, mas também temos de encontrar uma forma de trabalhar com eles. Eles também precisam de ajuda", disse Sadik.
Não tanto quanto as mulheres. Segundo o relatório anual sobre população, "Vidas Juntas, Mundos Separados", desde cuidados médicos até direitos humanos são negligenciados quando se trata de mulheres.

A CADA MINUTO, MORRE UMA MULHER GRÁVIDA.

Conforme o relatório, uma mulher morre a cada minuto por complicações no parto e gravidez e, nos Estados Unidos, uma mulher é agredida fisicamente a cada 15 segundos.
As doenças sexualmente transmissíveis afetam cinco vezes mais mulheres que homens, com uma estimativa de 333 milhões de novos casos por ano.
O documento também informa que, pelo menos, 60 milhões de meninas não nascem em consequência de abortos sexuais seletivos, negligência e infanticídio.
Pelos menos 130 milhões de mulheres têm sido forçadas a se submeterem a mutilações ou cortes genitais, enquanto milhares de mulheres jovens morrem em assassinatos por questões de "honra"a cada ano.
Para completar, 2 milhões de meninas entre 5 e 15 anos de idade entram no mercado do sexo a cada ano.
Contudo, para Sadik, as coisas estão melhorando. "Por muito tempo, os governos pagaram serviços não realizados mas houve um tremendo progresso.
Agora, todos os governos aceitam a importância de fazer com que as mulheres tenham garantias de todos os aspectos da vida e muito está acontecendo", disse ela.
"É apenas um começo. Precisa entrar lentamente na consciência individual e não acontece da noite para o dia", resumiu Sadik.
Segundo Sadik, regiões da África são os piores lugares para uma pessoa nascer mulher. "Acho que o pior lugar é o sudeste Africano. Fiquei quase aterrorizada com a forma que as mulheres foram tratadas. Odiaria ser uma menina no norte da Nigéria", declarou.
Sadik lembrou que no Japão, as mulheres não tiveram acesso a pílulas anticoncepcionais por 30 anos, enquanto os homens esperaram apenas quatro meses para que o uso do Viagra fosse aprovado no país.
"Em todo o mundo, exceto talvez nos países nórdicos, as mulheres continuam ganhando menos para fazer o mesmo trabalho e existem poucas mulheres em posições de autoridade", disse ela.
"O status de segunda classe da mulher representa um custo social e econômico não apenas para as mulheres. Os homens e a sociedade em geral também estão pagando esse preço", resumiu Sadik.

Sexta, 6 de junho de 2003
Metade do mundo vive na pobreza, diz ONU

Cerca de três bilhões de pessoas, ou seja, metade da população do planeta, vive na pobreza com uma renda de menos de US$ 2 por dia. A informação foi revelada hoje pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), braço da Organização das Nações Unidas. Quase todas essas pessoas moram em países em desenvolvimento.
O relatório da agência da ONU mostra que, desse total, 1 bilhão de pessoas, ou quase um quarto dos habitantes dos países em desenvolvimento, sobrevivem com US$ 1 por dia. De acordo com a OIT, o número oficial do desemprego está em seu nível mais alto e ainda cresce: são 180 milhões de desempregados ao redor do mundo. Mais de 1 bilhão das pessoas que trabalham estão em subempregos ou apenas em período semi-integral.
A pobreza não está restrita ao mundo em desenvolvimento. Mais de 10% da população dos 20 mais países industrializados vive com menos da metade do salário médio. O diretor da OIT, Juan Somavia, afirmou que os números deixam pouca dúvida de que um programa da ONU lançado em 2000 para reduzir à metade a pobreza global até 2015 deverá fracassar, a menos que governos, patrões e empregados criem, juntos, mais empregos.
"O caminho contra a pobreza é o trabalho", disse ele na introdução do estudo.
Fonte: Reuters

Japão aposta em terceira idade em meio à recessão econômica

As pessoas no Japão chegam aos 70 anos com uma poupança média de cerca de 583 mil dólares, contra metade disso aos 40 anos, segundo autoridades japonesas.
O patrimônio da camada mais velha da população poderia ajudar a recuperar a estagnada economia do Japão apesar de ser um desafio mudar o hábito de poupar dos idosos.
A indústria, de todo modo, investe nessa camada da população. A montadora de automóveis Nissan Motor, por exemplo, ofereceu modelos especiais para permitir o transporte de cadeiras de rodas.
A maior fabricante de cosméticos do país, a Shiseido, é outro caso. A empresa vem elaborando uma série de produtos para atender a mulheres com mais idade.
A produção pode cair e as vendas estarem fracas, mas algumas empresas japonesas vêm conseguindo garantir seu faturamento voltando-se para um setor inesperado: a população cada vez mais velha do país.
A agência de viagens JTB é um exemplo. A empresa encontrou entre os aposentados bons clientes. Um pacote popular batizado de "Atravessando o continente euroasiático"oferece uma viagem de 55 dias de ônibus da China para a Turquia.
"A média de idade dos participantes das viagens é de 68 anos", informou a JTB. "Muitos são aposentados, já que eles são os únicos com tempo para fazer esse tipo de viagem longa.

UNICEF

Recentemente o Unicef – Fundo das Nações Unidas para a Infância, divulgou relatório com o 1º levantamento completo feito do Brasil nos últimos 50 anos. Os principais itens foram:

Aspectos positivos
  • redução do trabalho infantil de 4 milhões de crianças em 1993 para 2,9 milhões em 2000.
  • ampliou os programas de vacinação
  • aumentou a oferta de vagas de ensino fundamental em áreas rurais distantes.
  • redução de 30% nas taxas de mortalidade infantil na última década
  • os níveis de educação fundamental aumentaram bastante na última década .

Aspectos negativos
  • o financiamento para pré-escola diminuiu
  • 40% das crianças repetem o ensino fundamental em decorrência, provavelmente, do item acima.

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